quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Falando em TV...só para atualizar

Natal e Final de Ano são duas coisas realmente deprimentes. Ao menos que você faça parte daquela mínima porcentagem de gente que tem muita grana no bolso. Ta, só isso não importa. Mas é sempre uma solução. Ainda bem que o Natal já passou. É que Natal e Fim de Ano deveriam ficar vem distante no calendário para não recebermos de uma vez um monte de programação besta. Sim, vou me restringir às programações bestas. Nada de vitrines com Papai Noel e neve e você pingando de suor (ao menos que você sinta frio por causa do ar condicionado). Bem que os pais poderiam transformar seus filhos em pessoinhas mais inteligentes fazendo-os perguntar porque o tal velhinho não sente calor....

Por que todo fim de ano tem Roberto Carlos na Globo? E os mesmos filmes natalinos, de neve e sobre Jesus de Nazaré em todas as emissoras? Pelo menos, até agora, Esqueceram de Mim I, II, III.... ainda não pintou por aí!
Mas, eis que a emissora que mais copia a Globo (só será cópia perfeita o dia que tiver também metade da população brasileira para si) resolve fazer um especial do Fábio Jr. Se não bastasse RB agora FJ na Record.
Sim, nada se cria, tudo se copia. Este motor move a Televisão Brasileira.

P.S: Falando em TV, Cristiane Finger ficaria horrorizada se visse Juremir Machado da Silva em sei programa comentando co uma camiseta verde-limão.
Sim, foi uma cena, para mim, já acostumada em saber que em TV o que vale é a aparência, ver isso.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Qualquer coisa, menos política


Especialistas em moda 'detonam' estilo Cristina

Para críticas de moda brasileiras, Cristina Kirchner é 'cafona' e 'inapropriada'.Neste domingo (28) ela foi eleita a primeira presidente mulher da história da Argentina.

Se as eleições na Argentina fossem um grande júri de moda, provavelmente Cristina Kirchner não teria sido eleita presidente. Para duas brasileiras especialistas em moda e estilo, a vaidosa primeira-dama é "cafona", "exagerada" e "inadequada".

fonte: G1


Em todo o lugar é assim, mas tinham que ser justo os brasileiros a meter o bedelho na nova presidente da Argentina? Se ela fosse gorda, feia, 'básica', se ela fosse a Bachelet, ninguém ia comentar o quarda-roupa de Cristina Kirchener. Ô povinho!!!
Até parece que para ser um bom político você tem que andar bem vestido. Nossa, Gisele Bündechen para a presidência do Brasil.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Além das Redes de Colaboração

Ontem, o ciclo de palestras Além das redes de Colaboração, etapa Porto Alegre, foi finalizado em grande estilo pelo Gerbase (adoro!!)e pelas discussões sociais sobre TV Digital do Sérgio Amadeu. Não que Luiz Fernando Soares não tenha esclarecido todas as questões técnicas, mas já havia participado de muitas palestras sobre TV Digital e a parte social era deixado de lado. Nem na minha Faculdade de Comunciação, as possíveis mudanças sociais foram debatidas, salvo as aulas do professor Biz. Enfim, fez uma excelente apresentação.

Fiquei pensando que teria causado a baixa participação de pessoas. Mesmo que a conferência era transmitida pela Internet, acredito que a presença física em eventos como esse é muito importante. Queria que o Alex Primo tivesse participado do último dia também. Pretendo, um dia quem sabe, fazer meu mestrado da UFRGS e ter aula com ele. Conheci o trabalho dele depois que me tornei uma viciada por cibercultura e com as aulas de Jornalismo Digital. Mas ainda não sei se levo jeito para isso. [crises]

Ah, sim, a falta de pessoas. Minha visão lá era de estudante de jornalismo. Eu não era uma programadora ou ativista por software livre (ta, não sou discípula da Microsoft, mas sou como a grande maioria da população que faz uso de algum SO), como a grande maioria que estava lá era. Participei de todos os dias, dormi na terça-feira. Segunda foi a melhor palestra. Às vezes acho que participar de conferências como essas valem muito mais que ficar numa sala de aula. Poderiam acontecer mais vezes eventos como esse. Alguém viu ele ser divulgado na mídia? Vi um Box no jornal do Comércio um mês atrás.

A revolução digital colocou as pessoas diante de uma nova realidade. Todos estamos na era do conectado. E esse mundo nos rodeia. Não pertence mais apenas aos técnicos dos códigos do Vale do Silício. Embora muitos debatam sobre isso, sinto, infelizmente, um grande desprezo por estudantes de Jornalismo pela área do online. Todos reclamam da cadeira de Jornalismo Digital. Nossa! É uma realidade que não tem como esconder. Sim, há muitas coisas nela que devemos mudar como discutir a inclusão digital e os problemas decorrentes da facilidade do uso da ferramenta tecnológica para fins maléficos. Mas como tem gente saudosista e que optaria pelo mundo da máquina de escrever. Oras, medo que o jornal acabe? Que ridículo! A TV não substituiu o cinema nem o rádio. Assim como a Internet não vai acabar com isso.

E eu defendo o diploma. Já discuti isso num trabalho da faculdade, e o Túlio Milmam estava presente dizendo que não era a favor do diploma. Ok. O jornalista passou de intelectual para técnico da informação. Mas uma formação profissional é fundamental. A universidade abre os olhos para conhecermos o caminho tão amplo que é a área da Comunicação. E com o mundo digital também (amplo).

Se bem que tem gente na minha turma que continua com os olhos fechados. E não sei o que aquelas gurias que SONHAM em ser apresentadoras do Tempo fazem lá. Essas sim, que acham um saco quando fala-se em Lévy, Adorno, Lasswell, ...não precisam de faculdade. Aprender a segurar um microfone na mão não precisa de 4 anos de faculdade. Por isso que tanta gente na imprensa fala merda. Faz meda. O pensar ainda é importante numa universidade. Não somos, ainda, robôs. Somos racionais para quê? Para não pensar e preferir a reprodução mecânica e contínua das mesmas coisas sempre? [a partir do meu semestre que vem ]
Nem todos pensam em enfiar tudo no lead. Ainda existem os que pensam no novo.

Mas, ultimamente, não são jornalistas que pensam nesse novo (talvez aí o Alex Primo tenha razão na questão do diploma).....

Continua outro dia.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Um novo jornal para nós!

Que o jornalismo diário está precário todos nós sabemos. Seja pela falta de vontade de mudança das editorias que se contentam com o modelo ultrapassado e conservador ou seja pelos velos jornalistas que sempre repetem o mesmo modelo. Ou porque os novos jornalistas são obrigados a enquadrarem-se no modelo do maldito lead. Todos trabalham diariamente atrás do ritmo do relógio, para dar conta da fórmula das seis perguntas. Sim, quem disse que o jornalismo não pode ser algo exato? Engana-se quem acabou de entrar numa faculdade de comunicação e acha que as fórmulas estão longe do nosso cotidiano.
Temos que nos enquadrar nas exigências do mercado, a correria cotidiana não permite mudanças. Será? Será mesmo que não poderemos colocar umas pitadinhas de bom gosto ao modelo tradicional? Por que será que o jornalismo online está ganhando tanta força ou até mesmo um jornalismo alternativo, como a Piauí? Sim, há gente que não é mais um numa massa e que quer coisas novas. Há pessoas exigentes. Que bom. Que bom que exigência + vontade de mudança ainda exista na imprensa.

Hoje, estou lendo a segunda edição do Jornal da Capital. Engana-se quem acha que seja mais uma publicação gratuita de jornalistas fora da grande mídia gaúcha. Kronica, Destak e etc não apresentam mais nada de diferente e novo.
Jornal da Capital, mesmo apresentando destaques bem bairristas (essa edição traz mais uma matéria sobre o prazer de se ter uma cidade chamada Porto Alegre), tem pautas bem interessantes. Daquelas que não veríamos num jornal diário. Tá, mas o jornal é mensal. Ok. Porém, com pequenas condições, ele consegue fazer o que nem em edições especiais de final de semana, uma Zero Hora faria.

Pautas bem interessantes. Ao mesmo tempo em que são simples, nos faz perguntar porque não foram pensadas antes. Destaques para os contos enviados por leitores (essa edição é estampada por um quindim!!!). E sem aquela frescura que quem foi aluno da Bete, na Famecos, já conhece.

Vida longa a jornalistas assim. A iniciativas assim. Ao jornalismo impresso (que muitos dizem estar morrendo).







-> 1ª edição do jornal

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

"Cumpridor de honrosas missões políticas no exterior, mensageiro do internacionalismo militante no leste do Congo e da Bolívia, ele despertou consciências na América e no mundo", disse Fidel, 81, a respeito de Che".

Folha Online


sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Quem matou a noção?

Estou realmente pensativa hoje. Ou estou durante a semana inteira. Passei um mês quase sem pensar coerentemente. E hoje de manhã comecei o dia bem. Fiquei chocada com a falta de educação de certas pessoas que usam o transporte público de Porto Alegre e não possuem consideração pelos outros que também estão usando esse mesmo transporte. Por que ninguém abre a janela? Disse uma vez uma mulher loira fatal: “Não quero estragar meu cabelo”; e eu lá, quase desmaiando, claustrofóbica que sou. E ainda os que passaram o tempo todo sentados querem ser os primeiros a descer, e te empurram se tu não der as licença pedida. Fora as questões de faculdade: pessoas que ainda vou descobrir quando eu me formar, qual o motivo que as fez ficar quatro anos numa universidade olhando besteiras numa aula de Jornalismo Digital. Tá, pode ser que ficar olhando um blog com histórias de ninfetas não seja, mas naquela aula, não era relevante.

By the way, há uma semana, se intensificando hoje, todo mundo nesse país tropical está comentando e se perguntando, afinal, quem matou Taís? É que, bom, se tem alguém que não saiba, feliz dessas pessoas, mas o Brasil inteiro está se reunindo e tentando discutir quem matou a tal. Volta e meia, ouvia alguém comentando isso ao meu redor.Tudo bem, tem gente que até ficava falando pra tirar sarro, mas na minhas aula de ontem, alguém teve a feliz idéia de largar um “quem vocês acham que matou a Taís?” O engraçado que foi num momento de silêncio, e que a pessoa estava falando sério. Hoje, na mesma aula de Jornalismo Digital, enquanto meu professor ficava indicando endereços de sites beeem legais, tinha alguém, na minha frente, olhando as notícias do G1 sobre quem matou a Taís. No Jornal do Almoço da RBS, a ‘menina do tempo’ estava na Redenção e entrevistou alguns perdidos pelo parque em busca da resposta para a pergunta mais filosófica do ano. E até um cara, se não me engano era corretor de imóveis, foi localizado como sendo o sósia do Olavo (personagem do Wagner Moura na novela). Diz ele que, depois da novela, as pessoas passaram a comentar e muito sobre sua semelhança com o ator. Se não me falha a memória, o Wagner Moura não é de TV, lógico que público de novela e do tubo de raios catódicos não sabia quem ele era: excelente ator de cinema e que estava no recém Saneamento Básico - o filme (do Jorge Furtado). Ou melhor, no mais último ainda Tropa de Elite. De quem é a culpa ? não sei. Outra pergunta como matou a Taís. Pelo menos essa todo mundo vai ficar sabendo hoje à noite. Milhares de pessoas se reúnem para saber-discutir-procurar-etc quem matou a parte má da Alessandra Negrini, como se isso fosse um fato realmente relevante para a realidade da população. O Renan? Ah, não interessa mais. E a resposta da minha pergunta ficará no vácuo por mais algum tempo.
Não critico novelas. Muito pelo contrário. Acredito no potencial artístico que algumas delas carregam, como a Vidas Opostas, da Record. Excelente roteiro e atores. Uma proposta diferente para quem se acostumou com a mesma fórmula de sempre. Se bem que o lance do ‘quem matou quem’ estava demorando para reaparecer. O último foi ‘quem matou Lineu?’.

Mas até a (ó) tão conceituada RBS - parte jornalismo - entrou no saco da novela. A já citada menina do tempo e o Lasier papel Martins encerando seu comentário político (que aliás, ele e o Paulo Santana não fazem mais comentários né) perguntou a Ranzolin a mesma pergunta que eu vejo todo mundo fazendo.
Ok, em tempos de escolha de O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias ter sido escolhido para representar o país no Oscar, o troféu nonsense vai para?

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Renan Calheiros e sua definição de Voto Aberto


Imagine um homem como esse aí da foto. Só podia ser político pela pose. E na situação da política nacional só poderia ser pose de Renan Calheiros. Essa é a melhor foto que um fotógrafo conseguiu fazer dele. Deve ser atual. Está no Estadão de hoje. Mas, pelo peito estufado, não me admira ter proferido a seguinte frase: "Então, o voto secreto é uma conquista da democracia"
Ok. Nós também achamos que é democracia votar em alguém para ser Senador, representando nosso estado para não saber, num caso como esse, no que eles votaram: absolvição ou cassação.
Nem queremos saber mesmo. Afinal, não interessa nem um pouco. Não muda nossa rotina.




terça-feira, 25 de setembro de 2007

O que é liberdade?


Assim que eu terminar de ler um dos livros mais interessantes escritos por um jornalista que eu já tenha lido (Deus é Inocente, a Imprensa Não - Carlos Dornelles), explico meus motivos anti-Bush e anti-política americana.
Fonte: Folha Online

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Eu, egocêntrica

Resolvi dar um tempo nas minhas indignações políticas. Parei para analisar tudo isso. Toda essa merda que me rodeia.

Então, estou fazendo umas análises freudianas das pessoas. Acredito que os valores da sociedade estão todos perdidos ou eu sou bem velha. Na verdade, assim como o Juremir, eu já nasci velha. De criança, a única coisa além da estatura e cara que me faziam ser criança mesmo, era a minha paixão pela Barbie. Hoje eu acho que eu era meio egocêntrica, mas não, hoje sei que a minha maior qualidade são os pensamentos que meu cérebro sustentam. E desde criança. O primeiro livro que eu li foi Mário Quintana e com 12 anos já tinha fascínio por Machado de Assis. Depois claro por Marx. E, não sei porque, mas todas as pessoas que simpatizam por Marx antes do Adam Smith recebem estereótipo de bicho-grilo. Ainda mais de um dia tu fizer Ciências Sociais, nem que por um semestre. Mas ainda tem pessoas ignorantes que acham que olhar para a história e admirar velhos lutadores, a grande maioria com tendências socialistas, é anacronismo. Que o diga um jornalista aí que escreve num blog de política gaúcha. Pena que estudantes de humanas são estereotipados assim. E ele manda: “alguém avise a eles que o Muro de Berlim já caiu”. Parabéns. Cegos em meio a essa sociedade, quem levanta a voz é socialista, marxista e etc. Lutar e exercer a cidadania é coisa de socialista que ainda não foi avisado. Só o Che virou pop.

Não vi a palestra do Mainardi na PUC, mas em tempos de Internet, o Youtube me contenta. Triste ver um cara estimado como ele falar certas asneiras como a de que o diploma universitário não é importante. Mais triste ainda é ver estudantes de jornalismo batendo palmas considerando belas as palavras do ‘ícone do jornalismo brasileiro’. Ocorreria o mesmo da UFRGS? Ou só na PUC, em que os alunos se orgulham de serem mais uns robozinhos prontos para serem abraçados pela RBS, acontece isso?

Sinto saudades do meu tempo nas humanas em que o pensamento era bem-vindo. Mas, ainda acredito num outro jornalismo. Ok computer.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Vergonha Nacional = Senado

Nesses últimos dias, com a falta de vergonha na cara de certos políticos, nós assistimos incrédulos a esses julgamentos que não dão em nada. Nada ocorreu com os mensaleiros. Nada ocorreu com o Renan.

Isso mostra a mais nova casa-problema do país. Não é o BBB, é a casa da Vergonha Nacional.

Quanto mais links para o Senado com o nome Vergonha Nacional, o Google indexará o termo como primeira referência.

Tinha que fazer isso. Há vários blogs que estão postanto vergonha nacional lincando com o Senado. Vi no Nova Corja, no Grande Abóbora e no Enfim. Parece que a campanha começou com o Rodrigo Stulzer.

Verifique buscando no Google.

Vamos lá, pelo menos a blogosfera se une e mostra alguma coisa.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O Congresso morreu

Ou o Congresso morre ou morre o Renan.
O Congresso morreu.
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Muda. Foi essa a minha reação quando fiquei sabendo da absolvição de Renan Calheiros ontem à tarde. Não acreditei. Fui conferir no site da Folha o que meu chefe tinha me falado. Que vergonha. O URGENTE estava lá, piscando em vermelho com a manchete confirmando o que eu não imaginava que aconteceria. Mas no fundo, tratando-se de Brasil, estava quase (quase porque eu não falo, mas sou esperançosa) certo que isso terminaria assim. Como sempre foi antes. Que pena. Infelizmente, depois disso confirmei o que há tempos eu tentava achar motivos para negar. Não vai mais dar certo. Não sou pessimista. Virei realista. Não vou falar ‘que absurdo’ pois todo mundo está falando, todo mundo fala isso e depois vira a cara. Sim, digamos que o Congresso não é nada. Sim, claro, devem pensar que é muito longe e não afeta ninguém. Mas disse Ricardo Berzoini “o Senado vem contribuindo de forma decisiva para o país”. Ah, tá! Por isso o Renan foi absolvido.

Aham.

Foi absolvido porque há uma história bem conhecida. Ele talvez conheça muito bem e se encaixa num protagonista muito bem adaptado. Renan Calheiros e os 40 ladrões.

Os senadores gaúchos afirmam que votaram pela cassação.
Pedro Simon – PMBD: mesmo partido que Renan. Siiiiim, ele ia fazer isso.
Sérgio Zambiasi – PTB: acredito que ele não votou pela absolvição. Mas foi um dos que se calou. Um daqueles 6.
Paulo Paim – PT: Se o Lula não fez nada e se manteve neutro, o que esperar de um senador petista?

Em tempos de comemoração do 20 de setembro, maior dia do orgulho gaúcho, eu gaúcha, não tenho nenhum orgulho desse estado e de seus eleitores que nada fazem. Aliás, não fazemos muito coisa há muito tempo.

Depois disso ficou claro para quem quisesse ver e entrou para a história que não existe mais esquerda no Brasil. Na verdade, desde que o PT tomou o poder maior, desde que Lula deixou de ser o homem que lutava pelo povo, desde esses tempos não existe mais esquerda. Talvez a esquerda nunca existiu na política. Alguns intelectuais teimaram em dizer o contrário ou eles mesmos se posicionar a frente de ideais socialistas.
Tanto é mentira que o lema “Ordem e Progresso” nunca foi discutido como um ideal positivista e burguês.

A imprensa seguiu na ‘imparcialidade’.
Que pena.


Outra coisa. Achei o maior fim o que fizeram com os deputados que tinham permissão para entrar. Muito mais com a Luciana Genro. Não que eu simpatize com ela, mas ceixe ela lá. Filha do PT ela ainda conserva o o que eu achava que o PT tinha.

E sábado eu tenho aula de Ética. Engraçado, todos alunos da PUCRS tem essa cadeira. E daí, a gente lê aqueles textos pobres sobre ética e enxerga um absurdo desses na mídia. Se o que aconteceu não é Ética, eu sou uma pessoa muito boa. Mesmo que durante minha aula hoje de manhã tenha compactuado com minha colega de que 'fuzilaríamos' meio mundo.
O meu totalitarismo é bem benéfico. As pessoas que minha cabeça explodiria são pessoas bem......procurando palavra......inúteis numa faculdade de jornalismo.

Tá, às vezes nem eu sei porque eu faço jornalismo.
Por favor, se algum estudante/jornalista ou qualquer um ser social pensante ler esse simles e modesto blog que não tem outra função para sua existência a não ser representar mais um domínio para a Internet e um usuário para o Google gerar mais cifras (ufaa, frase longa não pode haha) leiam esse livro: " O beijo de Laumorette " do escritor Robert Darnton. Preciso de alguéwm para comentar visto que eu sou a única pessoa que tenho notícia que leu esse livro. Um dos melhores livros que já li em toda minha vida.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

O PT de ontem, de hoje e de amanhã

O PT é um partido que nunca deveria ter ganhado uma eleição para presidente do Brasil. Muito menos, reeleição. Poderia ter ficado no governo dos estados, nas capitais e cidades país a fora, mas Presidente da República, jamais.
Por que? Oras, o PT nasceu com o intuito de ser o Partido dos Trabalhadores. Dãaa, vide sigla. Tá, mas deveria ser dos trabalhadores, do povo, para o povo. Hoje em dia, ele pode ser para qualquer coisa, menos para quem trabalha, porque nem eles (petistas) trabalham.

Recapitulando. Quando o PT surgiu, com a figura de um humilde trabalhador barbudo de nome Luiz Inácio da Silva, vulgo Lula, mais vulgo ainda Lulla, ele era aclamado em debates, em comícios, em qualquer palanquinho político. Os utópicos socialistas sonhavam que aquele homem de idéias fortes e honestas pudesse governar a nação. O país nas mãos dele daria certo. Iria para frente. A corrupção não teria vez. Os trabalhadores iriam ser honrados. O povo ganharia uma chance nunca oferecida. Mas, aquele homem analfabeto teve vários inimigos e obstáculos em seu caminho. Da Globo até um certo intelectual conhecido como príncipe dos sociólogos. Mas, em 2002, o povo cansou de vários estereótipos de presidente e elegeu ele, sim, o 'Marx dos novos tempos'. Marx a essa hora se revirou na tumba e jamais me perdoará pelo sarcasmo, até porque, de Marx o homenzinho só sabia uma frase e a colocou fora do contexto.
Lula, o metalúrgico analfabeto que tinha fome de luta, remou anos até andar no seu próprio jatinho. O barbudo ganhou as eleições numa época em que o povo estava desiludido e via naquele homem a última esperança. Todos sabem que o Brasil é um país de nomes. Então, o único nome na cabeça das pessoas, que martelava há décadas, era Lula. Ainda não era Lulla. Contra ele, só os fiéis tucanos, conservadores, os de direita. Os que não gostavam de revolução. Os positivistas que acreditavam na Ordem e no Progresso.
Mas a grande maioria foi de vermelho. E de lá pra cá, todos sabem o que vem acontecendo. Infelizmente.

Infelizmente porque o PT nunca deveria ter ganho nada. Assim, ainda restaria uma pontinha de esperança. Ainda teríamos exemplos de luta, de vontade, de revolução, ou pelo menos, de vontade de lutar. O PT podia saber tudo de teoria política, mas quando entrou em contato com o PODER, esqueceu da cartilha da ética.
Mas e agora? Que líder político temos? Em quem confiar? Em quem se espelhar?

Todos nós, deixando de lado nossos posicionamentos políticos e fazendo uma análise weberiana dos fatos, nem que seja inconsciente, sabemos que no Brasil, a esquerda não existe mais, a direita é burguesa e enfeitada, e os novos socialistas são o PT de antigamente.

Recém iniciado o novo mandato, Lulla assiste de camarote as indicações para o sua sucessão. Quem, em sã consciência, elegeria Marta Suplicy? Que ela não utilize do fato de ser mulher para iludir uma nação. Até porque, brasileiro tem uma memória muuuuito curta. Ela até pode utilizar em sua campanha um slogam do tipo: "Vote Marta, assim você relaxa e goza".

Outros nomes estão nessa reportagem da Folha.

Então, quando é que os proletários do mundo inteiro vão se unir para exigirem que a verdadeira ideologia entre em cena?
É o que eu sempre digo: não é só porque as idéias de Marx deram errado que as de Adam Smith estejam totalmente corretas.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Eu só queria um local para deixar escrito isso, sei lá, para um dia me arrepender de não fazer nada caso o pivô de uma guerra seja a água e quem sabe, do Iraque ao Brasil.



Mundo Estranho: agosto 2007

Qual o país mais falido do mundo?



Sudão. IRAQUE é o segundo colocado.



JC: 29/08/07



Bush diz que que vitória no Iraque afetará todo o Oriente Médio



"A região seria dramaticamente transformada de forma que colocaria em risco o mundo civilizado."



(...) defendeu ainda que a guerra é a única solução para o Oriente entrar na democracia.

O que um país fodido pode fazer?

Só sei que numa lista de 177 países o Brasil ocupou a 117º posição.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Uma banda chamada Pink Floyd


Acabei de ler o primeiro capítulo de um livro que, diga-se de passagem, é uma obra prima como o disco de nome homônimo. O livro The Dark Side of The Moon - Os Bastidores da Obra-Prima do Pink Floyd foi escrito por John Harris e lançado no Reino Unido em 2005. No ano passado, ele chegou ao Brasil traduzio por Roberto Mugiatti. O disco se tornou, antes de virar uma referência da música, um mito.

Nas 244 páginas, o autor de "The Last Party: Britpop, Blair and the Demise of English Rock", e jornalista do "The Guardian" ,"Mojo" e "Q" revela detalhes dos músicos em estúdio, do relacionamento entre eles e curiosidades relacionadas ao disco que, na Inglaterra, país de origem, consta na coleção de 3 a cada 5 ingleses.

Pink Floyd ficou um tempo adormecido na minha discografia básica. Diga-se de passagem sempre foi uma das minhas bandas preferidas. Syd Barret, falecido recentemente, foi um dos primeiros artistas no rock experimental que eu tive contato. E David Gilmor sempre foi melhor que Roger Waters na minha visão.

Uma vez, um amigo meu me emprestou o disco (The Dark Side of The Moon) e eu 'pirei' na banda. Naquela época, Pink Floyd pra mim se resumia em "Wish you where here" e " Another Brick in the Wall".

De lá pra cá, e isso já faz uns bons anos, Pink Floyd passou a signifiar muito pra mim. Do psicodelismo ao progressiso, tão criticado depois na década de 70, a banda se tornou ímpar. Nenuma banda conseguir fazer o mesmo tipo de som, com a mesma intensidade e emoção que David Gilmor, Roger Waters, Nick Manson e Richard Wright (outrora Barret) conseguiram fazer.
Não é apenas uma viagem que você faz deitado no cama. Não é apenas uma banda que soube aplicar as melhores técnicas de som para a época. Não é apenas uma banda que soube ir do experimentalismo ao progressivo tão bem. Não é apenas uma banda que conta com integrantes tão singulares e um egocêntrico chamado Roger Waters. Não é apenas uma banda que entrou para a história do rock. Não é apenas uma banda que entrou para a história do pop. Não é apenas uma banda que nunca vai deixar de ser esquecida ao lado de gigantes. Não é apenas uma banda cheia de qualidades e alguns defeitos. Não é uma banda qualquer. É por todos esses motivos que a banda é tão misteriosa e tão importante para mim.



Mas é uma banda que faz você ir além. É uma banda que faz você pensar. Você pensa? Você existe. Vive? Da crítica pura social ao vazio do cosmos passando pela loucura interna você certamente vai descobrir um imenso vazio nisso tudo que chamamos vida. Vazio se você não souber preencher. E se não souber, outros aplicarão em você fios de silício e aí sim, você pode diz ok para a expressão pós-humano. Mas enquanto, somos apenas humanos, isso basta.
A história continua.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Políticos

Esse blog não é sério. Eu não sou séria. Eu sou uma piada. E lógico que se o assunto fosse política iria ser da mesma forma. Tá, eu sou séria e nem contar piada sei. Visto que vulgarmente sou chamada de nerd. hahahah


Mas o foco era políticos. Ah! essa gente faz cada coisa. Para começar:

Viram o presidente recém eleito da França Nicolas Sarkozy depois do Photoshop? As fotos retocadas obviamente saíram na revista Paris Match. A L'Express mandou bem nos originais.


Fonte: A Nova Corja

Outra, mais interessante ainda, é do nosso Ministro da Justiça Tarso Genro 'fumando um cachimbo da paz'.

Mazáaaa

Fonte: Bem Paraná

Mas prefiro as fotos das férias do presidente da Rússia Vladimir Putin nas montanhas da Sibéria.
A pose do cinqüentão hiem!

ôo físico!

Fonte: Folha de S.Paulo

ZH mente ou a Opinião enrola?




White Stripes era o show que ia salvar Porto Alegre do isolamento dos bons shows que há tempos não aconteciam por aqui.
A Zero Hora, com sua credibilidade incontentável, estampou na capa do Segundo Caderno a seguinte matéria:




"É promessa da Opinião Produtora: o duo americano White Stripes, um dos principais nomes do rock contemporâneo, virá a Porto Alegre este ano.O show está anunciado para 27 de novembro, no Bar Opinião".


Ok. O 'deve' da manchete não condiz com o 'é promessa'.


De conteúdo mínimo, só a grande foto dos irmãos Jack e Meg fizeram fãs como eu se derreter em cima do jornal imaginado a noite do dia 27 de novembro. Um dia depois do meu aniversário. Em ia ficar velha beeeem mais feliz.

Porém, a blogosfera se puxou e muitos blogs começaram a discutir o assunto. Procurando sobre a veracidade dos fatos, o Grande Abóbora comenta o seguinte:


"A Opinião Produtora já havia prometido um show dos Guns ‘n’ Roses no Olímpico em maio. Não deu certo, não sei se por causa da banda ou do própria produtora.
O Opinião é pequeno. Isso deve deixar elevado o preço dos ingressos".


Tá. Adiante.


O que me deixou confusa foi a declaração da assessoria de imprensa da Opinião Produtora publicada no blog O Vale das Bonecas: "Opinião Produtora vem por meio desta notificar que não houve repasse de informações oficiais acerca de eventos internacionais realizados pela mesma. Nesta conjuntura, a empresa não assume qualquer responsabilidade pelos dados divulgados".


Meu amigo mandou um e-mail para o mesmo cara que respondeu o e-mail acima. Olha a resposta:


"O show não tem previsão para ocorrer. Att,

Vicente MedeirosAssessoria de Imprensa - Opinião Produtora ".


Nessa altura eu já nem sei quem está falando sério.
O talvez definitivamente me irrita.


Uma pena, porque vamos combinar, o que está ocorrendo de bom no quesito shows internacionais nessa cidade que se gaba por ser a capital da efervescência cultural e por ter seu rock alternativo que a difere das outras?

Desculpem, isso é um desabafo. Sabe quando você é criança e vê um monte de shows ocorrendo e tu só pode ver aquilo que a TV te passa? Pois é, foi assim que eu vi Eric Clapton fechando um RBS Notícias há muito tempo atrás. E pensava que quando eu crescesse, ahh sim, daí eu ia poder ver algo bom.

Só vi Pearl Jam. Em 2005. 28 de novembro de 2005. Pensei que dois anos depois eu ia ficar feliz novamente na semana do meu aniversário. Mas como eu sou brasileira e não desisto nunca. Ok, veremos.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Esqueçam a música

Há tempos eu não dedicava a meu domingo um pesseio pela Redenção para tomar um chima. Aproveitando que ontem alguns shows bacanas aconteceriam em razão do encerramento da Semana da Juventude (promoção da Secretaria Municipal da Juventude), e entre eles estava Locomotores, uma banda beeeem bacana que conta com integrantes ilustres do cenário musical porto-alegrense como o Bocudo (ex- Cachorro Grande) e Márcio Petracco. Antes que o céu desse os primeiros sinais de que viria chuva, uma quantidade enorme de adolescentes quase iguais esteticamente se reuniam em grupinhos. Roupas pretas, com listras, maquiagem preta borrada e etc, tudo para montar o estereótipo Emo. Claro, a terceira banda a se apresentar era uma das mais bem sucedidas do cenário emocore da cidade que alcançou grande projeção no Brasil através da MTV, a Fresno. Otto Gomes, Locomotores, Fresno e Acústicos e Valvulados era a ordem dos shows. Infelizmente, não era para curtir a música, para mostrar que a juventude é uniade e pode, com essa união, fazer protesto (familiares da Cristiana Cupini, morta em um assalto a banco na Assis Brasil, estavam lá recolhendo assinaturas para um abaixo-assinado pedindo que um projeto que determina horários de circulação de carros-forte vire lei). Aqueles gritos de justiça, aquela empolgação geral, mesmo com chuva, pareciam sinais de que a juventude (resumida numa maioria esmagadora a adolescentes com faixa etária de 16 anos) estava mesmo interessada em utilizar a música como protesto.

Bobagem!
Talvez nem a Secretaria pensa nisso. Aquilo era apenas uma obrigação política. Uma data no calendário da Secretaria.
Jovens não utilizam mais a música para alguma coisa, vide bobagens que aturamos diariamente na já mencionada MTV.

O que me fez chegar nessa opinião?
Oras! Gritos absurdos no show da Fresno fizeram-me crer realmente que as meninas que estavam lá sonhavam em pegar o vocalista e os meninos em utilizar as letras melodramáticas e com o mesmo conteúdo sempre em algo favorável a eles. Os meninos ultimamente estão mais emotivos. Emo.
Nada contra esse tipo de som que ultrapassou o limite musical e se tornou estilo de vida.
Todos gritavam ao final de qualquer mensagem profética a lá Paulo Coelho do Lucas (o vocalista): o não desistir deles não era o não desitir que outrora meus ídolos proclamavam. O dessa geração era: "ok, não desita se você levou um pé na bunda". ôoo saco!


Resultado: fim do show uma garota quebrou a clavícula e foi levada ao HPS. No microfone tentavam localizar amigos. Uma mãe desesperada procurava sua filha de apenas 12 anos. Sem contar outros anônimos machucados, perdidos. Mas o mais absurdo era a quaantidade de meninos e mensinas com 14, 15, no máximo 16 anos, fumando (maconha na minha frente) e bebendo.

Felizmente, Acústicos e Valvulados, banda que eu adoro, fechou a noite com chave de ouro. Era a apresentação do show acústico gravado no Theatro São Pedro.
Show mais calmo e comportado, assim como Locomotores e Otto Gomes. Bem diferente do que o da Fresno.

Rafael Malenotti, nos últimos instantes do show tocou a clássica música 'Sob um céu de blues', eternizada pelos Cascaveletes no voz do GRANDE Júpiter Maçã.

Não tem explicação. Eu, que amo o Júpiter e a música, fechei meus olhos esqueci a chuva e curti do jeito que eu sei curtir algo sem atrapalhar o espaço e a individualidade do outro (e outros ao meu lado).
Mas a música termina e não muito longe dali um garoto tentava manter em pé seu amigo que caiu assim que não encontrou mais suporto. Caiu e não vi ele se levantar.


A nova geração de jovens não vai mudar. Se queremos utilizar força ou a música (que a não ser para velhos saudosistas e amantes dos clássicos não serve para mais nada que não seja fins comerciais) devemos fazer por nós mesmos. Nós que ainda temos consciência de alguma coisa. Por mais mínima que for.

Enquanto os ídolos clássicos forem substituídos por imagens superficiais de beleza sem conteúdo, o futuro está perdido.
A música era a expressão de cultura mais forte que tinha no Brasil. O que os 'irmãos mais novos' da geração Renato Russo, filhos da geração Beatles, Mutantes, Caetano, estão ouvindo?

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Jornalistas x Internet

Jornalistas não entendem mesmo sobre Internet? Não sabem blogar???

Conflitos à parte, sugiro algumas leituras:

Por que os blogs de jornalistas não funcionam?


5 coisas que blogueiros ensinam aos jornalistas


Tudo isso por causa da revolta de blogueiros contra a campanha publicitária do Estadão. Não vi ainda, assim que puder assistir, comentarei o fato, já que aqui encontra-se alguém que bloga e que, obviamente, 'pertence' ao jornalismo.

Quem quiser ver, o vídeo está no Youtube.

Só acho um tanto imaturo jornais brigando com a internet...
O jornal não vai acabar assim como a intenet não vai tomar tudo. Cada um tem o seu espaço e deve ser respeitado, ao menos.

Bom, algumas matérias (em blogs) relacionadas:

Estadão contra os blogs?

Estadão contra blogs

Estadão faz campanha contra blogs

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Sobrevivendo às loucuras do trânsito em Porto Alegre

Andar de ônibus em Porto Alegre é uma loucura. Na verdade, não sei se são mesmo motoristas que dirigem os ônibus. Da Carris eu tenho certeza que não são, principalmente os que dirigem a linha D-43. Mas hoje tive a certeza de que a maioria dos motoristas de ônibus sãoaloprados. O ônibus que eu peguei na Osvaldo Aranha entrou no túnel da Conceição como se estivesse numa pista de Fórmula1. Eu, que estava no ônibus me segurando nos tais pega-mãos, senti a 1ª lei de Newton à vista. Eu desejava permanecer parada. Mas esse não era o objetivo do motorista quando quase me fez conhecer o chão do ônibus. Ele estava fazendo uma competição com vários outros motoristas e esqueceu de me avisar. Só pode ser isso. Depois de entrar buzinado na Mauá, chegou no terminal no Centro. Legal.
Legal nada.

Isso foi só um exemplo da má educação no trânsito. Não sei o que acontece com as pessoas. Mas isso acontece diariamente. Em alguma avenida, em alguma rua, enfim, em algum lugar dessa cidade maluca sempre tem um motorista achando ser o Schumacher. E infelizmente, esse 'achar' resulta nos milhares de acidentes que de bandeja aumentam as estatísticas. Assim não dá. Ninguém mais preza pela vida. Essa loucura e neura de tempo e hora faz com que todos se esqueçam de bom senso.
Imprudência. O carro é uma arma em potencial.
Ninguém quer combater isso?

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Ainda há muito para se ver....

Eu nunca entendi nada do universo de jovens de famílias de classe alta ou até dos que apenas atendem pelo nome de socialites, que pra mim, é tudo igual. Mas deve ser mesmo.
Minhas primeiras indagações foram naquele ano em que jovens de famílias ricas de Brasília incendiaram um índio, deitado num banco. Na minha inocência, não entendia por que aquelas pessoas que digamos possuiam tudo e o principal, acesso a ESTUDOS, tinham feito aquilo. E pior, nada aconteceu com eles, por quê? oras, porque se tivesse sido o contrário as coisas 'fariam sentido' no Brasil.

Quando aquela mulher, há algumas semanas atrás, foi espancada por outros jovens da mesma classe social dos acima citados, voltei a me perguntar. O que está acontecendo? Sim, porque as pessoas só tentam explicar o envolvimetno com o crime e com a violência de quem vive em locais periféricos já pré-determinados a participar do crime. E eles?
Ninguém explica.

Ontem, assistindo ao Domingo Espetacular na Rede Record, novamente fiquei pensando nisso. O programa exibiu vídeos que estariam na Internet(provavelmente no Youtube)da socialite Narcisa (sobrenome do qual não lembro), o neto do Brizola, o famoso Boninho, diretor da Globo (BBB lembram?) e outros jovens moradores de um dos bairos mais ricos do Rio de Janeiro, Ipanema. Para eles, apenas brincadeira. Mas para quem vê esses jovens atirando ovos e etc fora de suas janelas, jovens esses que não possuem mais 10 anos de idade. Mas que cérebro eles possuem?

O que está acontecendo com os nossos jovens?
Preocupados apenas com a aparência e o about me no Orkut?
Ridicularizar os outros já virou algo banal?

By the way, falando em Orkut, nas minhas milhares de voltas pela Internet achai esse Blog. Leiam o texto sobre o Orkut. Opinem e pensem, acima de tudo.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Eu desisto

Essa reportagem eu li hoje no site da Folha de São Paulo. Não consigo acreditar. E todos acham que a culpa é única e exclusiva do Bush. E quem apóia não? Acho que falei algo parecido antes, mas essa era a parte que faltava. Acho que o mundo tem dois grandes aliados agora. Não para o bem, lógico. E para onde vamos nós e o restante dos países subdesenvolvidos?
Dívida? Oras.....

Segue a notícia:

Mundo tem dívida com os EUA, diz premiê britânico
da BBC Brasil

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, disse neste domingo (29) que o mundo está em débito com os Estados Unidos por causa do papel de liderança do país no esforço global contra grupos extremistas.

"Nós precisamos reconhecer a dívida que o mundo tem com os Estados Unidos por sua liderança na luta contra o terrorismo internacional", disse Brown, que está viajando a Washington para seu primeiro encontro com o presidente americano, George W. Bush, desde que assumiu o governo britânico, no mês passado.

O premiê disse que a ligação entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos é "a mais importante relação bilateral" do país europeu.

"É firmemente do interesse nacional britânico que nós tenhamos uma forte relação com os Estados Unidos", disse Brown. "E, como primeiro-ministro, eu quero fazer mais para fortalecer ainda mais nossa relação com os Estados Unidos."

E aí, vamos pagar?

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Eu estou de LUTO

Infelizmente eu estou de LUTO. Assim como milhares de brasileiros. Mas até quando? Até quando Brasil?
Depois do Pan, o que virá para abafar esse país de impunidades?
As pessoas, daqui há algum tempo, irão esquecer. Infelizmente. Só se você tatuar o nome da tragédia, você vai se lembrar.
Mas quem teve algum parente, pais, filho, irmão, ou qualquer pessoa conhecida naquele triste vôo, nunca mais irá se esquecer.
Será que todas as famíias terão que passar por isso para gritarmos basta?
Por que a gente não começa algo agora?
União é força. As ruas estão nos esperando há décadas....

domingo, 15 de julho de 2007

LIVE EARTH, PAN E O CRISTO

Coloque tudo no mesmo saco. Não importa se em um teve o Al Gore, se nos outros, todos os brasileiros estão envolvidos; é tudo igual, ou seja, um porre.

Não sei se a preservação do planeta foi o verdadeiro motivo que levou milhares de pessoas na praia de Copacabana ou em frente aos vários palcos que, simultaneamente, afinaram as guitarras no Live Earth. Certamente, muitos eram os classificados por curiosos, maria-vai-com-as-outras ou ‘eu vou aonde vai a galera’. Mas, felizmente, ainda restaram por lá uns verdadeiros ativistas.
Mas era um evento mundial e você já viu isso em algum lugar. Há quase 40 anos atrás, umas 3 mil pessoas tomaram posse de uma pequena propriedade rural nos EUA e deram voz, cor e corpos ao mais vivo e histórico evento de música do mundo: o Woodstock.

Hoje é muito difícil unir jovens com essa mentalidade. Ou você se interessa por política e fica nas mãos de um partido autoritário que manipula suas ações e faz dos movimentos simples fugas ou você fica com a música que, cada vez mais comercial, deixa de lado sua verdadeira origem artística. Sim, basta ver as grandes placas da Toyota e outros tantos patrocinadores. Tudo bem, você pode dizer que para um evento ocorrer é necessário patrocínio. Acredito que a boa vontade é o maior deles e se aquela quantidade de gente estava realmente interessada em garantir um futuro melhor para os seus filhos não foi isso que pareceu
A Xuxa!! Pelo amor dos céus!!! O símbolo do consumismo desde que você está na barriga da sua mãe estava lá! Nossa, e o evento acreditava que um dos males do atual estado do planeta era esse mesmo, o consumismo. Uau. Bela sacada. O gasto do evento foi outra coisa que por si só não precisava. E música pela paz ou sei lá, pela preservação, sério, isso já não cola.
Até porque no Brasil, o público foi bem inferior ao do Rolling Stones... Só para comentar...
Mas enfim, se você quer fazer algo MESMO para um futuro melhor, por favor, por que lavar a calçada depois de um dia de chuva? Diz meu vizinho de prédio, para tirar as folhas que caíram do vento.....
Tá certo ele.
Fumantes, preservem a ‘meio ambiente’ da Famecos, pelo amor de Deus. E tantas coisinhas. É foda pensar no grande, no macro, mas a gente não precisa, nós, reles mortais, que não nos chamamos Bush, Gates, Jobes, Brown..., temos que pensar no micro.

O Pan: Legal, ótimo, vamos esquecer os assaltos, as mortes, o tráfico e todo o resto em nome dos atletas brasileiros. Claro, enquanto as coisas pararam pelo Rio de Janeiro, elas aumentaram por Porto Alegre. Mas não faz mal, tem gaúcho no Pan também.

O Cristo: Realmente, lembram dessa música: “ E a cidade, que tem braços os braços abertos num cartão postal, com os punhos fechados na vida real...”
Não precisa mais nada.



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Por que as pessoas lembram o Dia Mundial do Rock com Elvis e cia anos 50? Não agüentei programas engraçadinhos da TV dando uma de moderninhos alternativos.
Estava faltando algo como AC/ DC na veia! Ah mas isso não é rock, é feio hahahaha

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Última questão sobre as cotas

A questão das cotas raciais e sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul já deu muito pano para a manga. Talvez, daqui a um tempo, na chegada do próximo vestibular, as acirradas discussões voltem à tona. Minha posição, no princípio, era completamente contra, com exceção das cotas sociais. Porém, depois de tantos comentários e debates com várias pessoas, de diferentes níveis sociais, culturais e intelectuais acabei reformulando meu pensamento.

Talvez, meu pensamento tenha mudado (essa não seria a palavra, mas digamos que ele ‘desceu do muro’) depois que eu ouvi uma entrevista com o senador e ex-candidato à Presidência da República Cristóvão Buarque. Aqui não cabe transcrever suas palavras mas quem se interessar sugiro que pesquise mais a respeito desse político que admiro muito. Tanto pela coragem e por sua singular sensibilidade em relação à questão mais doente do país que é a Educação.

Hoje, comemoro o resultado favorável à instalação das cotas na UFRGS. Mesmo não sendo uma acadêmica da universidade, espero um dia, sim, possa fazer parte de um círculo de alunos que se interessam por questões políticas e sociais.

Cotas: Talvez porque isso mexeria a estabilidade da maioria: lá conviviam os (estereotipados)‘socialistas’ pró-cotas, os apolíticos porque já estavam na universidade e nada tinham a perder ou ganhar e, finalmente, os conservadores anticotas.
O que mais me chamou a atenção foi que a maioria dos estudantes contra as cotas eram de curso pré-classificados como elitistas. Medicina era o que mais reunia adeptos. Sim, é muito difícil entrar num curso como esse mas é mais difícil ainda se você sempre estudou numa escola pública e não teve acesso a um cursinho de qualidade.

Sim, a favor das cotas, mesmo achando que as cotas sociais gerarão preconceitos, as sociais, idem. Estudantes com cotas (ou bolsa) sempre são vistos com outros olhos (experiência própria). Acredito que seja pensamento de mentes provincianas que nada tenham para mudar a situação social brasileira. Estudantes que ganham uma bolsa ou entram numa universidade por cotas sentem-se mais valorizados e integrados na sociedade e fazem por merecer o que possuem, diferente de quem acha que pode tudo.

Em algum blog li algo que me chamou a atenção que ser contra as cotas é pensamento de quem sempre esteve acomodado e que quer continuar com sua posição superior. Faço dessas as minhas palavras. Enquanto o ensino público não for tão bom quanto o ensino particular, essas medidas são mais que necessárias.
Aliás, se você passou a maior parte de sua vida estudando em escola particular porque você que ir para uma universidade pública? (o estacionamento de Medina na UFRGS não possui carros ditos populares). Sim, isso foi uma ironia; já convivi com diversos tipos de gente e ouvi comentários do tipo: ‘Se eu passar na UFRGS meu pai me dá um carro/apartamento, etc’. Ouve-se muito isso com o pessoal do interior, que quer passar na federal para conquistar esses ‘mimos’.
OK. Pensamento cômodo.
Mas acredito que o fato de você ter dinheiro, não fará de você uma pessoa melhor e nem o fato de você não ter tido condições uma pessoa ‘coitadinha’. Sobre o último, não saberia falar muito sobre isso. Mas sobre o primeiro caso, ah, esse eu entendo. Olhe a Famecos. A maioria das pessoas que estão lá são verdadeiros ‘filhinhos de papai’. O nível da ó Faculdade de Comunicação da PUC está decaindo muito. Não em questões técnicas, não! Mas em alunos. Mentes em ebulição. Certo, mas em quê? Naquele pensamento manipulado? Faça o que os outros querem? Sim, seu caminho para o sucesso. Antes, as pessoas não pensavam por medo, agora, por qual motivo? Falta de vontade? Ah vide Famecos mais uma vez.

O que mais me deixa irritada é que eu estudo numa universidade particular que não tem essa ‘diversidade’ que uma federal pode ter. Alunos da PUC não vão na frente da Reitoria nem sequer para ver a bandeira ser erguida na semana da pátria. Alunos da PUC não fazem nada para reclamar das mensalidades, só comentam em aglomerados grupinhos de metidos querendo se passar por blasé deixando como único legado a sujeira dos restos de cigarro pelo saguão da, mais uma vez, Famecos. Sim, nós somos os jovens que mudarão esse mundo. Mas mudança é uma palavra esquecida por todos nesse mundo da pós-modernidade.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Florbela Espanca

Há algum tempo atrás, li um poema no perfil do Orkut de uma amiga minha e amei aquelas frases que agora não lembro. Achei que ela estava dando vazão ao seu lado poético mas não, ela me apresentou, sem querer, Florbela Espanca.
A dor, a alma, os sentimento tão bem retratados naqueles versos. Eles me acertaram em cheio. Estava diante de uma das minhas grandes descobertas literárias (muito tardia).
Depois de Clarice Lispector foi a vez da poetisa portuguesa a me deixar fascinada pelos seus escritos. Sentimento, subjetividade, amor e dor contidos numa mesma palavra.

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente…
Talvez sejas a alma, a alma doente
D’alguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste… e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh’alma
Que chorasse perdida em tua voz!…

Florbela Espanca - Livro de Mágoas

Ó castos sonhos meus! Ó mágicas visões!
Quimeras cor de sol de fúlgidos lampejos!
Dolentes devaneios! Cetíneas ilusões!
Bocas que foram minhas florescendo beijos!

Vinde beijar-me a fronte ao menos um instante,
Que eu sinta esse calor, esse perfume terno;
Vivo a chorar à porta aonde outrora o Dante
Deixou toda a esperança ao penetrar o inferno!

Vinde sorri-me ainda! Hei-de morrer contente
Cantando uma canção alegre, doidamente,
À luz desse sorriso, ó fugitivos ais!

Vinde beijar-me a boca ungir-me de saudade
Ó sonhos cor de sol da minha mocidade!
Cala-te lá destino!… Ó Nunca, nunca mais!…

Florbela Espanca - Trocando Olhares

Traço de luz… lá vai! Lá vai! Morreu.
Do nosso amor me lembra a suavidade…
Da estrela não ficou nada no céu
Do nosso sonho em ti nem a saudade!

Pra onde iria a ’strela? Flor fugida
Ao ramalhete atado no infinito…
Que ilusão seguiria entontecida
A linda estrela de fulgir bendito?…

Aonde iria, aonde iria a flor?
(Talvez, quem sabe?… ai quem soubesse, amor!)
Se tu o vires minha bendita estrela

Alguma noite… Deves conhecê-lo!
Falo-te tanto nele!… Pois ao vê-lo
Dize-lhe assim: “Por que não pensas nela?”
Florbela Espanca - O Livro D’Ele



O amor, os sentimentos mais íntimos não são mais tratados dessa forma delicada, com esse eu lírico tão tocante. Os traços da pós-modernidade nos mostram um descaso com esses mesmos sentimentos. O amor, hoje em dia, não é mais esse sentimento tão belo que, às vezes, dá até vergonha falar. Hoje nada mais faz sentido. Tudo está perdido num vácuo. Todos os sentimentos foram esquecidos quando nossos poetas morreram. O que nos restou? ódio, desilusão... antônimos do que na verdade queríamos. Ou na verdade só eu penso querer, não sei mais qual é a opinião unânime nesse mundo. Talvez eu seja apenas a única que chora pelos outros, que sofre pelos outros, com a única diferença: não virei poeta!

Seria eu a única sentimental por trás da minha cara de durona que ainda não virou poeta?

O caso cotas

A primeira palavra que me veio à mente foi absurdo. E tantas outras expressões referentes à indignação que eu estava (e estou sentindo) foram surgindo na minha mente. Confesso que só entendi minha desilusão com a sociedade quando eu vi com meus próprios olhos as imagens de pichações nos muros da UFRGS.
Há vários pontos para serem abordados. Começamos pelo mais abrangente e o que considero o estopim para tudo isso: as cotas raciais.Já falei que acho um equívoco falar em cotas raciais. O nome em si já é um preconceito pois faz alusão a uma outra raça pensante diferenciada da única que se tem notícia no mundo: a raça humana. Raça é só uma. O que nos diferencia é a nossa etnia. E etnia não é fator para ser colocado em cotas. Ninguém deve ser desmerecido ou favorecido em razão de seu nicho antropológico, dos laços sociais que apresenta, enfim, de sua cultura. Respeitar as diferenças dos outros e compreender as várias comunidades no mundo. E as cotas não se prezam a isso. Prezam-se a calar ou colocar uma peneira sobre um problema social que é a falta de acesso de uma certa camada social ao ensino superior.

Segundo ponto: o preconceito
Sim, existe sim preconceito no Brasil e isso eu não nego. Existem preconceitos contra negros, contra mulheres, contra gordos, contra índios, contra imigrantes, interioranos (os tachados de colonos ignorantes), e contra acima de tudo POBRES. E acredito que o resultado do preconceito que existe com os negros seja porque a grande maioria dos menos favorecidos no Brasil sejam negros. Os que moram na periferia e que estão lá por um determinante histórico: porque descendem diretamente dos que sempre foram serviçais e nunca ultrapassaram o limite que lhes foi imposto na hierarquia social. Mas junto com eles há os filhos de pobres agricultores de cidadezinhas do interior que são obrigados a largar o estudo e ajudar no sustento da família, há tantos outros cidadãos nesse país que não possuem uma vida digna, independente da cor.

Terceiro ponto: vivemos num sistema econômico que não nos favorece em nada. O capitalismo é um sistema falido (desemprego, fome, etc) que em breve terá seus dias contados. Porém, diariamente ele é ressuscitado por neoliberais que justificam a situação pela maldita mão invisível do mercado. Entre outras palavras, só é pobre quem quer. Uma bobagem, por isso defendo que os ensinamentos de Marx não devem ser enterrados nem vistos como um capítulo histórico e sim como algo que pode nos ajudar a derrubar a barreira econômica fomos impostos.

Quarto ponto: Esses imbecis, outra palavra não me veio, mas é o que eles realmente são, se aproveitam de um momento delicado na discussão social do país para fazer apologia a ideais tão estúpidos quanto eles. Eles não passam de um bando de mauricinhos idiotas sem um pingo de consciência. E que ficam se vangloriando tanto por serem estudantes da UFRGS e não sabem o que significa o meio acadêmico. Simplesmente, eles ignoraram a instituição, se aproveitaram desse momento para apresentar falsos diagnósticos: quem é contra as cotas é fascista. ABSURDO, IGNORÂNCIA. Defendam a cota social, mas acima de tudo, a reformulação no estudo brasileiro pois podemos sim ter ensino de escolas públicas tão bom quanto de particulares. Acredito que inteligência e parecer crítico não há dinheiro que compre. Apenas pode comprar a possibilidade de obter maior conhecimento. Mas e se a pessoa não saber usar?

Além de tudo, que gente que não dá valor ao patrimônio público, àquilo que é de TODOS. E depois dizem que estão querendo tirar algo deles?
Bolha. Bolha. Bolha doente. Bolha Brasil.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

A saída de Tony Blair...

e a entrada para a História? Apenas na opinião de Bush.

Nunca simpatizei com Tony Blair, por mais que ele estivesse próximo da Rainha, figura por quem eu não tenho nada contra. Eu sempre achei que todas as críticas destinadas ao Bush deveriam ser também destinadas ao premier. Bom, agora ele deixa o parlamento inglês sob a frase lamentável de Bush.

"Tony realizou um grande mandato, e a história o julgará de forma positiva", disse Bush ao tablóide inglês "The Sun". "Eu ouvi dizer que ele é chamado de 'poodle de Bush'. Ele é muito maior do que isso", afirmou Bush.

Entrar para Hitória? Sim, mas como mais um político que financiou a Guerra e ajudou, de alguma forma, na morte de milhares de jovens no Iraque. Menos, claro, o príncipe Harry!!!

Poodle? Poodle a gente chuta!! (sim, não é para ser levado a sério, amo animais). Mas se não for poodle e, de acordo com Bush, é muito mais que isso, continua sendo um cachorro.
Fiz-me entender?

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Música boa brasileira

Depois que Los Hermanos anunciaram seu fim (por tempo indeterminado) fica cada vez mais difícil acreditar em música boa e com qualidade no Brasil, sem o tradicional apelo excessivo ao comercial. Salvo, logicamente, os veteranos invictos e algumas bandas que se contentam com o underground e pouco a pouco atingem o mainstream (ou quase isso), como a banda Mombojó e a gaúcha Superguidis que surpreendeu com seu roquinho inteligente e divertido.
É natural que cada músico queira dar vazão aos seus próprios trabalhos e seguir por um caminho novo individualmente, mesmo que isso dure anos, já que não sabemos quando o hiato voltará a se unir. O que conforta é a volta de uma das bandas mais importantes da música brasileira: Mutantes.
Sem Rita Lee, a rainha ruiva do rock brasileiro, e com a Zélia Duncan, que sempre se mostrou uma excelente cantora, ao lado de Marisa Monte e da mais recente Vanessa da Mata. No começo tudo parecia uma jogada de marketing. Havia um fundo verídico nas declarações da Rita de trata-los como velhinhos procurando dinheiro....mas as coisas vão se esclarecendo e o projeto vai ficando mais lógico.
Uma banda que tem Arnaldo Batista e Sérgio Dias pode se dar ao luxo de acabar, voltar e fazer o que quiser. Mesmo depois de décadas parados, talvez tenha sido a falta de rock and roll na vida que fez com que os mesmos voltassem a ativa. E eu concordo, apóio e torço.
Porto Alegre, 26 de maio de 2007. lá estavam eles, após a abertura das cortinas do Teatro do Sesi a banda surge para delírios da platéia. Fãs antigos que acompanharam o início dos músicos com seus apenas 17 anos, e até os mais novos, adolescentes com essa idade, que ouvem sim muita MPB e rock’n’roll.
Prova que ainda existe esperança de música boa no Brasil. E é essa música que foi apresentada em show dos Mutantes na terra da rainha Elisabeth. E que seja mostrada em mais lugares cada vez mais.
Que eles continuem na ativa por muito tempo mais, para influenciar novas bandas, novos músicos e conquistar novas gurizadas, só assim elas podem descobrir o que foi e o que é a verdadeira música brasileira.

domingo, 10 de junho de 2007

Ser de Sagitário....

''Orgulhosos, francos e independentes, estão sujeitos a levar porrada. Em geral, os agressores são do mesmo signo, orgulhosos, francos e independentes. Não são confiáveis para grandes empreendimentos, pois não têm perseverança. Na épocadas caravelas, jamais chegaram aos Açores, quanto mais a contornar o Cabo das Tormentas. Não por medo, m,as porque se entediavam logo após deixar o primeiro porto. É fundamental que os sagitarianos não trajem apenas calcinha ou cueca em dias de tempestade, com vento sudoeste. É gripe na certa."

P.S.: não que eu me interesse por astrologia, muito pelo contrário, mas é tão apaixonante aqueles da piauí(para quem não sabe, a única exigência para escrevê-lo é ser completamente cético, assim como para lê-lo).

segunda-feira, 4 de junho de 2007

OS INDIFERENTES

Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel, acredito que “viver significa tomar partido”. Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.
A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador e a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, o fosso que circunda a velha cidade.
Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço conta a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura, que estamos a construir.

Antonio Gramsci

sábado, 12 de maio de 2007

Já viu né? claro.



Antes dele ter me encantado como o Homem Aranha, ele me encantou no primeiro longa que eu o vi estrelando, Garotos Incríveis. Sim, agora me encantou mais ainda por contribuir com o meu velho vício.

Na verdade eu coloquei esse post porque eu estou muito afim de ver "Homem -Aranha 3". Juro que eu estou tentando encontrar um tempo, mas digamos que trabalho e estudos estão me deixando sem vida social. Mas prometo que até o fim da semana não desaponto meu "herói favorito". Tá, todo mundo já viu, menos eu. Droga!

*****

Mas deixando esse papo, como é caro ir ao cinema. Não sei vocês, mas ultimamenrte preciso recorrer sempre a Casa de Cultura por oferecer meia-entrada até nos finais de semana e feriados. Acredito que o cinema em si é a arte maior e não todos os adornos. Uma pena.

Os bytes

Sempre admirei o Bill Gates. Não me perguntem porque. Os nerds exercem um fascínio sobre mim. Eles não são tolos. A história reservou uma descrição ruim deles. Poxa, quisera eu ter uma biblioteca dentro das minha cabeça.Mas sobre o Gates. Olha o que é cara virou depois de ter enchido o saco com a universidade. Eu que estou de saco cheio da faculdade sei que se eu largar, o máximo que eu viro é um camelô no centro de Porto Alegre vendendo brincos(que eu não sei fazer). Mas estava eu aqui ouvindo Beatles e pensando no que esse cara me faz passar todos os dias. Querendo ou não, ele um dos responsáveis por essa efemeridade das tecnologias. Meu computador já está ultrapassado e isso que ele não tem nem um ano de uso!Aí agora, sim Help caiu bem, eu não entendo de quase nada que eu vejo quando passo na frente de uma loja de informática e afins. Juro, eu tentei várias vezes. Até fiquei tri feliz quando aprendi mexer num iMac. mas eu estava apanhando até agora para mexer as configurações desse blog. Nem isso. não que eu seja uma pessoa saudosista, já deixei isso claro uma vez. Não quero a volta da máquina de escrever e odeio trabalhos que não saõ digitados. Mas, definitivamente, eu não funciono de acordo com esses bits e bytes. Gigabytes!!!!
Dava até para encarar um link filosófico sobre isso, mas prefiro o lado prático das coisas, pelo menos agora que é sábado, à noite e eu estou engordando com chocolates de Gramado. Aliás, engordar é algo que só ocorre com minha cabeça sob o nome de inchaço, Sim, ela esta inchada com essa merda que eu estou digitando.
Mas, pensando bem, estou preocupada com essa falha no meu sistema. Olha, os bites já estão me sugando. Tento me refugiar lendo algo, ai, nada ultimamente me anima. prefiro ouvir música. Mas eu não vou sobreviver de leituras nem de sons, não serei escritora nem música. Eu não sirvo para ser intelectual.
Penso em dois professores meus, os que venderam a alma para o Steve Jobs. Penso em fazer o mesmo. Ser discípula da maçã? não, nem iPod tenho. Mas é algo urgente. Eu preciso me familiarizar com a tecnologia.
daí eu ouço isso agora mesmo:

Hoje o sol não é mais como era nos anos 70/Hoje parece que eu sou feito de plástico /Tenho a cor cinzenta/A única brisa que eu consigo sentir é a do ventilador/Hoje - eu detesto - já entrei naquele clima de elevador

daí eu lembro que antes de qualquer coisa eu preciso subir a serra sábado pra ouvir isso de perto!

Na volta, eu juro, vou fazer de tudo para me modernizar! Prometo.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

O papa é Pop

Que chatice esses últimos dias. Não sei se é esse excesso de informação na TV que me deixa super irritada. Entenda-se excesso de informação essa cobertura exagerada da mídia sobre a visita do Papa ao Brasil. Sim, que o país possui o maior número de católicos do mundo. Tá, e daí? e se um líder judeu ou muçulmano viesse pra cá querendo promover sua religião por falta de fiéis na América Latina, isso seria retratado como um escândalo ou algo parecido. A toda poderosa Globo fica se derretendo toda e se vangloriando com a Scamparini lá na Itália viajando junto no avião. Ah chega!! Por favor!! enquanto isso, tem alunos esperando professores, crianças esperando comida, pessoas esferando proteção e tanta coisa que o Brasil precisa mudar e que se esconde. Esconde-se com o Carnaval, com o futebol e agora com a visita do Papa.

Até porque não é vim a qui comover fiéis que fez Bento 16 se deslocar até nós (Abri esse parenteses para comentar uima frase de uma senhora ontem, em entrevista à rádio Gaúcha. Ela comenta: "Se nós não vamos até o Papa, o Papa tem que vim até nós, e é isso que a Igreja tem que fazer, ir ao encontro de seus fiéis."Quanta inocência, que bom que a Igreja vai ao encontro dos fiéis na África...)

O que fez Bento 16 vim é o que, coincidência ou não, Folha e Estadão estampam nas suas capas sobre a mesma foto: "Papa apóia excomungão de políticos pró-aborto". Exatamente, ele veio aqui soprar aos ouvidos do Lula e assim tentar estender seus tentáculos e os do Cristianismo ultrapassado.

Ah não vou me estender nisso porque não aguento mais essa falta de evolução na mente das pessoas, principlamente na mente dos brasileiros, sim porque brasileiro é burro e assina embaixo. Ó céus!

Ah sim, agora faz mais sentido cantar o Papa é pop!!!

terça-feira, 24 de abril de 2007

A revista


Para quem aprecia uma boa leitura e uma boa iniciativa.

Piauí aqui

Semana passada metade da minha turma explodiu quando uma garota comentou que a Famecos formaria apenas pela técnica, diferentemente da Fabico, que, não sei se foi esse o termo, mas formaria pelo conteúdo.
Em partes, eu concordo. Mas hoje, concordo mais ainda. Fiquei tri indignada hoje pela manhã. Detesto que tentam me enquadrar dentro de uma fórmula. Odeio rótulos, ninguém é coca-cola. O que vi numa aula de Texto em Jornalismo é o que a faculdade faz com as pessaos: formar robozinhos. Todo mundo lê os mesmos livros, todo mundo faz os mesmos trabalhos, entra dia e sai dia, todos fazem as mesmas coisas. Eu achava que faculdade era um celeiro de mentes que podiam pensar por si mesmas. Mas não. Todos pegam a fórmula dada e tentam moldar-se dentro dela. Aí o que acontece. Saí um bando de jornalistas com o mesmo pensamento, sem opinião própria, sem identidade, fazendo o que todos fazem. Tá, lá vem alguém que vai falar que é por causa do mercado e essas coisas de tendências econômicas. Mas há o que prove ao contrário. Saindo dessa aula acima citada, fui numa palestra de jornalismo literário que teve como palestrante João Moreira Salles. Salles é o idealizador da revista Piauí. Diga-se de passagem é uma grande revista. Diferentemente de todas as que estão em circulação atualmente no país, a revista surpreende em suas vendas que a cada mês cresce mais. Com pouco tempo de vida, nas grandes páginas podemos ver um jornalismo maduro e inteligente. E textos que por serem longos, não nos cansam, pelo contrário, nos inundam com tanta informação e conteúdo presente. A falta que havia nas bancas de jornais parece que foi muito bem preenchida. O que eu tomo como questão importante é o fato que ele, João Moreira Salles não é nenhum jornalista. Seu passado com jornalismo se resume no cinema. Foi cineasta, tendo apreendido o ofício por convite de seu irmão. Ele, formado em Economia, percebeu a grande falta de uma revista com conteúdo [e a diferença não foi proposital]. Aí eu retomo o que eu falei antes. Será que não há robozinhos saindo das faculdades, com mentes vazias, sem um conteúdo, que fazem o que os outros mandam e querem? Tempos atrás li que o termo que se aplica a esses é Yuppie.
Porém, fechando o parênteses, isso é uma questão que merece ser pensada e analisada. O que está sendo feito com o jornalismo hoje em dia? Não que todo jornal deva eleger Capote como guia nas suas reportagens mas também não se deve tornar tudo tão mínimo a tal ponto de ser superficial. É o minimalismo da vida.
Sou apaixonada pelo jornalismo e acho que muita coisa BOA ainda pode ser feita. A revista é apenas um exemplo. Eu poderia ficar babando por ela já que sou apaixonada por revistas e quero ter uma de caráter cultural Encerrando a seção 'sonho' uma realidade. Detesto gente que gosta de contribuir com a mesmice. Essas deveriam ser banidas. Ou eu deveria sair né, já que são os encomodados que devem se retiram. Ainda achando que essa tese só teria lógica se fosse ao contrário.
E não serei um cordeirinho da Zero Hora.

domingo, 22 de abril de 2007

On the road

Eu odeio viajar de ônibus. Sentada num banco desconfortável como os da Bento eu não aguento mais que meia hora.E depois fico me remexendo tanto que a pessoa do meu lado fica com vontade de me botar pra fora pela janela. Tirando o sacrifício de ficar quase 2 horas sem fazer nada ainda desembarco com uma dor de cabeça horrível. O táxi é outra coisa que me irrita. Odeio pegar táxi.tenho que dar várias explicações pro motorista até ele achar meu reduto no Bom Fim. Aí ele acha e tem a cara de pau de me cobrar sempre 2 reais a mais. Quando é que 6 reais são 8 reais? Só na cabeça dele. Até parece.
Outra: chegar em casa com o fantástico acabando me dá uma tristeza inexplicável. Só pode ser mal de domingo à noite. Não é possível. Domingo aós as 21h deveria acabar. Me agonia. Fora que minha insônia me faz percorrer todos os canais e ficar sempre com o pior. Taí outra coisa que tenho certeza: alguém fez algo pra que não exista algo decente para se ver num domingo a noite. Óoooo
Mas nem acabou o domingo e eu já estou colocando em prática minhas teses pessimistas. Adiando a hora de pegar o ônibus. Já falei né? odeio viajar de ônibus. Podiam encurtar a distância até Porto....
Bom, lá vou eu me abastecer de cafeína e Neosaldina pra passar 'bem' o resto desse dia chato!

Viva o Alemão!

Ele é o único cara que em 10 de suas músicas, 9, lá no meio, tu vai encontar o 'rock and roll' incluso. E ele é o único cara nessas instâncias que ainda acredita que rock and roll mesmo é feito com cabelos compridos e super guitarras. Pois é, mas tirando as guitarras, fico com o cabelo comprido, o mais certo.
O acústico do Alemão Ronaldo é algo magnífico. Até porque foi no Theatro São Pedro, um lugar perfeito!
O show todo valeu pelos minutos finais, a hora do 'Campo Minado'! Ah, na minha memória radiofônica lembro eu aumentando o volume do meu rádio na época da Bandaliera.
Bá, tri bom.

Aos que contribuem com o meu mau-humor

Sinceramente, eu queria escolher voar agora. Não entendo e por mais que eu tente continuo devorando minha caixa de "Sem parar", sem parar litaralmente. O que eu queria era estar caminhando no gerlo agora, do que estar torrando no sol. Odeio verão. Calor e exagero funde minha cabeça e eu não funciono direito.
Tirando a parte do calor e do meu árduo trablaho de aumentar o índice de gordura do meu corpo (óo como se eu tivesse muito) estava filosofando ouvindo o aústico do Engenheiros. Na real, só repetindo umas frases feitas aqui ou acolá.Na hora em que eles dizem samba eu também não soube o que dizer!
Aí eu paro e fico olhando para os lados rindo da idiotice dos seres que me cercam. É que hoje eu acordei um pouco totalitária. Queria escolher as pessoas para povoar o mundo. Tirar esse bando de gente frívola que habita, principlamente, o mundo a minha volta. Tudo bem, um pouco de paciência é bom, mas eu estou explodindo. E quer saber, sinto pena, sério, muita pena de todos esses seres que parecem abutres.
A solução são consultas impagáveis com o psiquiatra, já dizia algo parecido o Raulzito. são horas intermináveis de conversas com amigos imaginários, já que os reais estão cada vez mais distantes, podres e corrompidos pelo mal da pós-modernidade. E isso me irrita. Aprecio a solidão. Muito melhor do que tentar compreendê-los. Deixo-os como são, felizes na sua imbecilidade.
Encontrei também a resposta nãs comidas com muito sal e produtos de fast-food. O microondas é o melhor amigo do homem. Ainda não sei como criar um cão num apartamento.
É, talvez tanta descrença venha dos hábitos que eu cultivo. Minha querida vida sedentária que me faz envelhecer tão cedo.
Todas as causas foram perdidas. Então eu escolhi o pessimismo. Coisas sem nexo e sem lógico. Como esse texto.
Bom, vou pro analista.

sábado, 21 de abril de 2007

!

Não corra atrás de quem você ama, a vida traz quem você merece.

roubei a frase da Fran, mas é porque eu precisava.
Te adoro nega.

Jethro em POA!


Ian Anderson do Jethro!
Aiaia
Caio, se tu não quiser ir deixa que eu vou...
heheh


Porto Alegre Onde: Teatro do Sesi, av. Assis Brasil, 8787, tel. (51) 3347-8636 Quando: dia 23 de abril (segunda), às 21h Quanto: R$ 100 (mezanino) / R$ 150 (platéia alta) / R$ 200 (platéia baixa)

Sentimentalismo exagerado

Foi como ter levado um soco do melhor boxeador do mundo. Mas foi o suficiente para descobrir que era aquele o momento. Eu precisava de algo para me desligar completamente do passado. Algo que não deixasse pista. Então eu escolhi o caminho mais difícil. O das pedras. O das lágrimas. O das dores. Mas eu escolhi aquele que no final me fizesse ser uma grande garota. E consegui.
Eu sei agora que eu posso andar descalça e não me importar com meus pés sujos. Eu sei que agora eu não preciso me preocupar contigo. Já que as evidências mostraram que você nunca se preocupou comigo. E não precisei de palavras. Os teus atos mostraram mais que qualquer palavra. Foi difícil, eu confesso. Mas mesmo assim procurei descansar. E hoje acordei melhor. Sem as marcas, sem a dor. Cresci cinco anos em 5 horas. Não é exagero. Eu só espero que continues a me ignorar quando cruzares por mim. Vou achar tão ótimo. Porque você vai ser apenas um estranho
Eu descobri que sou suficiente e que a minha única carência é a de livros. Preciso lê-los. Muitos. Devora-los. Eles me acompanham até debaixo da chuva, pelo centro, pelos prédios antigos da Andradas. Porque assim como nos outros, em ti o que eu mais lamento é a tua ignorância.

Qualquer pessoa evolui se quiser.
Nesse caso eu preferi ficar no mesmo por isso quis quebrar esse computador ouvindo Big Girl don1t cry.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Descobertas

Descobri que eu adoro minhas unhas bem feitas, pintadas de vermelho.
descobri que eu não passo de uma impulsiva por comprar jeans
descobri que posso muito bem ficar sozinha um final de semana todo sozinha que ir ao cinema é a melhor coisa
descobri que eu odeio gente bitolada
mais ainda, detesto saudosistas!
na real tenho pavor por gente anti-tudo
descobri que eu não gosto de comer e que meu estômago fica feliz vazio
descobri que dormir todo domindo é perda de tempo quando se tem a redenção pela frente e muitos livros para ler embaixo de uma árvore
descobri que eu amo cosméticos e que não vivo sem cremes pro cabelo
descobri que é tão bom retocar a maquiagem depois do almoço como se arrumar para uma festa
Descobri que eu tenho pavor de gente fútil e seria tão bom se eu pudesse matá-las
descobri que o amor é algo superficial
e que a pessoa que eu mais precisei do meu lado me deixou coma chave na mão esperando um táxi
e que bo que eu tinha meu apartamento seguro pra voltar, tomar um banho quente e não fazer nada a respeito.

continua.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Vaidade ou interesse?

Pode ter sido vaidade ou interesse. Mas não dele. Eu não gostei nem um pouco do que a governadora Yeda Crusius fez com o estado do Rio Grande do Sul esta manhã. Baseada em boatos ela exonerou o secretário da segurança Enio Bacci.

Antes de falar sobre isso, alguns comentários:

No Correio do Povo, Yeda publicou um texto de sua autoria comentando sobre o balanço dos 100 dias de seu governo. Em especial, destaco o que ela comenta sobre a segurança: “Na área da segurança, ampliamos a ação ostensiva.” Leia-se bem, ampliamos, ou seja, terceira pessoa do plural. Ela não fez isso sozinha, até porque não faria isso com mais ninguém. O pedetista mostrou competência para administrar a segurança do estado. E no mesmo dia que leio isso no jornal, leio e ouço em todoas as mídias que Enio Bacci foi exonerado ontem à noite. Muito bem dona Yeda, parabéns pelo seu novo jeito de governar, é esse? É esse seu jeito de governar? Assim, tão confuso?
Saudades do PT no estado.
E além do mais, a senhora governadora recebe da Academia Litarária Feminina do RS, um troféu de mulher destaque de 2007! Destaque? Que destaque? Os telejornais mostraram a quem quisesse ver faixas com dizeres: o povo vai se lembrar disso na próxima eleição!
Pena que ela está longe.

Eu gostava da forma como ele (o ex-secretário) estava dirigindo a segurança. Poucos dias e muita coisa ele fez. Chorou na frente da imprensa por mostrar que ele tinha sim um objetivo, de tratar bandido como bandido, como ele bem mesmo falou, bem diferente da forma que a senhora Governadora vai tratar.

E em que bases ela se sustentou? Em boatos de um delegado?
Fontes me falam que ele fechava locais de caça-níqueis para depois fazer chantagem com os donos por baixo dos lençóis.

Mulher destque? Nós reforçamos a ostensiva na segurança?
Parabéns para quem votou nessa mulher, grande mulher, olha o governo que nós teremos pela frente.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Oh vida!

Gente!! sério, é um absurdo o que eua cabei de ler. Vocês não tem noção da minha cara e da minha boca aberta ao ler que deputados votaram por unanimidade, sim, oposição e situação, que eles NÃO precisam comparecer no congresso nas segundas-feiras. na verdade, eles estavm reunidos para discutir sobremnepotismo e outras coisas que agora já me esqueci tamanho nonsense foi essa votação.Imagina, eles trabalham agora SÓ de terça a quinta!
que pode, pode? não, quem pode nesse país, abusa. Ha eu também quero trabalhar assim!
mentira!

http://nonsense.nominimo.com.br/

A fronteira é o passaporte!

Eu fiquei tri eufórica ano passado, depois de ter estudado Michel Houellebecq, que eu poderia vê-lo no final desse ano, no Fronteiras do Pensamento. Pois é, ano passado, quando eu era apenas um aintrusa na capital não havia como, em pleno novembro escasso, ver o historiador Paul Kennedy palestrando. Então, começo o ano "empregada" e ''podendo" pagar por uma palestra do fronteiras no Salão de Atos da UFRGS. Hahaha, qual não é minha surpresa, neste ano, não houve venda de ingressos avulsos, e sim, apenas um passaporte, com um valor absurdo. E eu acordei hoje pela manhã, vi em todas as mídias da capital reportagens sobre Peter Burke. ele foi o palestrante de ontem à noite. e eu queri ter visto. mas eu não tinha aquele madito passaporte, e nem terei, para em dezembro, ver o Michel Houellebecq! sim, ao menso que eu encontre uma alma intelectualizada e querida, que queira fazer a gentiliza de me vender. Dezembro tá longe, muito longe, mas porque raios que o parte venderam os malditos ingressos só por passaporte, para TODAS as palestras? Por que não vendê-los individualmente?
Parece que esses círculos de intelectuais e pensadores é só feito para 1% de intelectuais e pensadores daqui. E como fica paro os estudantes, para a população em geral? para quem mais quiser ter conhecimento e ouvir uma palestra de um inglês em português (como a do Peter Burke)? Ha, não é pra nós isso! o conhecimento e as formas de acesso a ele estão cada vez mais restritas. há uma barreira nessa FRONTEIRA que deve ser quebrada. Só isso.
Alguém aí me avisa se em dezembro eu vou poder ver o frio, insensível, mas tão fascinante Houellebecq?

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Metalinguagem

Não gosto de deixar meu blog largado às traças....não sei, assuntos me vêm a mil pela cabeça, mas com o tumulto que é a minha vida,às vezes eu abando ele, coitado!
eunquanto a Yeda tá falando em todas as rádios sobre o seu plano eu to aqui lendo uns lances sobre blog no G1, ao mesmo tempo que descobri o orkut no trabalho. Bah, vocês viram que já são 10 anos de bloguéee???
Pois é, achei bem legal falar sobre isso. Sim, logo no início, aquela febre dos "diários na internet", quem destinava tempo a uma página assim na web era taxado de "o deprimido"! ahah não lembram? bah, tem umas séries americanas que largam essas pérolas.
bom, mas o que quero comentar é que o Blog se tornou um grande aliado do Jornalismo. eu por exemplo, sou leitora assídua no blog do Ricardo Noblat, que por sinal é muito, mas muito lido. enquanto o meu, segue no anonimato, tadinho! hahaha
muitos sites de notícias possuem também jornalistas que escrevem em blogs.
além do mais vários blogs hoje estão virando livros. depois dos 10 anos da revolução causada pelos blogs, eles estão cada vez crescendo mais. e o melhor, o serviço é gratuito!!! sim, imagina se eu ia pagar pra ficar escrevendo essas besteiras!!! isso que é bom!!
bom também é a diversidade de tipos de blogs que existem: noticiosos, jornalísticos, de besteiras, dde músicas...
ver sobre isso: arcadupyrata.blogspot.com

e vem aí o blog para celular...sim, mas no meu caso que a única tecnologia que meu celular faz é enviar torpedo não posso falar nada!

A Yeda continua falando do Rio Grande Energia.
o melhor de tudo é que eu vou me dar de presente de páscoa atrasada, um Ipod!
ohh blz!!!

que consumo exagerado!
but I need!

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Páscoa boa

tem tanta coisa acontecendo no mundo e eu aqui me "embugando" de chocolate!
eu mereço isso! sério, nunca tive uma páscoa tão cheia dessa coisa maravilhosa chamada CHOCOLATE! não me critique em nada, eu mereço isso e muito mais. meu teclado nem tá reclamando dos meus dedos. até tem aquelas pesquisas loucas sobre os benefícios do chocolate...sabe que eles deveriam dar ao controladores de vôo, quem sabe muda o ânimo!

Grande Irmão?

Ainda bem que acabou o Big Brother! Vocês não acham?
bom, eu acho. Mnha opinião e deu. Às vezes eu ficava ouvindo as pessoas, no ônibus, faculdade (o que me decepcionava ou irritava mais ainda), enfim, em todos cantos falando sobre essa merda desse BBB. Eu não sou discípula de Freud mas a única explicação que encontro para isso é que é tudo culpa da Pós -Modernidade. Só pode ser. As pessoas devem achar tão fútil e vazia as suas próprias vidas que necessitam ficar por dentro da vida dos outros para encontrar algum sentindo. Ano que vêm, há essa altur, serão outros que ocuparão suas mentes, outros personagens meticulosamente escolhidos pela salve mãe manipuladora Globo, e esses novos ex-anônimos brasileiros, serão os novos assuntos. Só aqui o BBB dá tanto Ibope. Só aqui ele causa tanto frisson. É de decepcionante pro Brasil. sabe. tem aquela questão das pessoas se identificarem com um ou outro de lá. Já ouvi pessoas comentanto, Bah aquela lá me lembrava tanto você!
Sério, eu não sei que graça as pessoas vêem nisso! Poh, se ainda fosse um Orlando Bloon da vida de boxer branca acordando pela manhã passando na frente de uma câmara vá lá, mas um Alemão! Bah, que saco. Sim né, fábrica de novos modelos, novas musas, novas bundas para a playboy, novos peitos para serem siliconados...é isso que é o BBB. POr que certas pessoas torcem tanto pelas outras? e ainda mais desconhecidas! eu torço pra mim, não sei vocês! Estou pouco me lixando se a tal Carol não pegou o argentino gostoso ou se a Siri vai ou não se casar com o grande vencedor. Ate porque pra mim ele é uma breguice ambulante. Ela e aquelas flores ridículas na cabeça que pelo amor de deus, virou febre neo hippie agora sair de flores na cabeça?
E depois, o que que as pessoas que votaram naquele Alemão estão fazendo agora? certamente trabalhando, pois elas que não vão ter um milhão no fim do mês na poupança! e sabe o que mais? garanto que se fosse para elas ganharem todo essa grana elas nem levantariam a bunda do sofá, prefeririam ver os outros fazendo isso! tem que ser Brasil né! mas ele acabou e agora ficaremos felizes em ver a programação da Globo bombando suas qualidades!
aiaiai.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Alejandro González-Iñárritu !!!

Fui ontem assistir o filme Babel. Há tempos eu queria ver esse filme. Sim, claro que tudo por causa do diretor. ele me deixou completamente aucinadacom o 21 gramas, filme que por sinal, entrou na lista dos meus preferidos. mas Babel está em jogo. o filme é dramático. eu roí todass as minhas unhas no cinema acompanhando o dilema da mexicana abandonada no deserto com duas crianças maericanas; eu chorei pela questão de que uma criança marroquina quase assassinou uma mulher; a agonia ao ver aquele homem [o Brad Pitt] esperando uma ambulância para sua esposa ferida. a faltas de consideração dos outros turistas. o jeito como as 3 histórias se encaixavam. e a brilhante atuação daquela menina japonesinha que não me lembro o nome.
saí da casa Mário quintana satisfeita: com muito tempo de atraso eu tinha visto um filme marailhoso do também maravilhoso Alejandro González-Iñárritu. quero ver Amores Brutos, o outro filme dele. que bom saber que tem gente que ainda faz cinema com a alma. e não com um único fim comercial.

P.S: caramba. o lindo mas super talentoso Gael García Bernal também estava excelente! Ahhhh....

quinta-feira, 29 de março de 2007

A questão do racismo no Brasil

Eu não ia falar desse assunto, mas li uma notícia desatualizada sobre aquela ministra, que deu uma entrevista a BBC Brasileira. Matilde Ribeiro. esse é o nome dela. Ministra titular da Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial. Isso foi um Ctrl C Ctrl V.
Então olha o comentário:

" A reação de um negro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, eu acho uma reação natural, embora eu não esteja incitando isso. Não acho que seja uma coisa boa. Mas é natural que aconteça, porque quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou."

Eu nem vou comentar o que ela falou. Mas olha só, quanto tempo faz que não tem mais escravidão no mundo? Várias gerações já mudaram e passaram. então, nós vamos ficar em cima da mesma tecla? viver de passado?

Que absurdo, só posso falar isso. e se alguém me chamar de "gringa polentera" eu não posso acusar de raacismo por eu ser descendente de italianos?
hahahah mais um NONSENSE!!!!!

Sobre racismo: achei bárbara a matéria de capa da Revista Aplauso de dezembro de 2006. Os dois lados da moeda. Se bem que minha posição é certa. Chega desse lance de cotas e etc, isso gera mais racismo, de ambas as partes.
Eu vou fazer um baita de um cartaz e me por em algum canto de Porto e podir, por favor, alguém me vende um ingresso pro show do Chico!?!?!?!?!!?!?!?

NONSENSE

Eu odeio o Caps Lock ligado, mas tive que escrever esse título assim. Gente, vocês são como eu, dvoradores de sites? Não? tá, olha só. No site NoMínimo tem uma notícia sobre um cientista alemão [louco] que criou, pasmem, uma pílula antiarroto para as vacas, na tentativa de combater o aquecimento global! não acredito. tive que roubar o título da reportagem, porque, será que eu li bem? com tantas coisas para se levantar uma bandeira e pedir colaboração por causa do aquecimento gloobal o cara me vem com esses papos? bom, pelo menso ele não sugeriu uma vida vegetariana!
OK, sei de gentes super Ecologicamente corretos que resolveram tirar a carne vermelha de seus pratos quando souberam que os gases dos animaizinhos são responsáveis por uma grane quantidade de emissões de gás carbônico para a atmosfera. Poius bem, podem voltar a ir ao açougue hehehe e pedir uma baita costelão!!! hahaha

Comentário: a pílula serve para certo "animais" humanos?

quarta-feira, 28 de março de 2007

O Chico Buarque vai tocar em POA e eu não vou!

eu tinha me programado desde o ano passado quando eu fiquei sabendo que março era certo que ele ia vim aqui, porém, como que ninguém me avisa, ou melhor, me avisou sobre a venda dos ingressos?
Bopm, legal, sem ingresso. E quer saber, além do mais eu ia ter que desembolsar um "valorzinho" razoável para ficar numa platéia arrodiada de intelectuais. sim, prque a bem da verdade que público se espera no show do grande Chico Buarque?
Achei muito engraçado o comentário da Jornalista Jurema Josefa, do jornal Correio do Povo, numa palestra que ela deu hoje de manhã na PUC.

"O mundo pode estar acabando mas sempre tem um monte de mulher no salão!" cômico, sério, não sei se lendo dá a impressão, mas naquele momento foi engraçado.

terça-feira, 27 de março de 2007

O texto é enorme, mas vale a pena ler!

Carta ao Zézim

Carta ao Zézim
Caio Fernando Abreu
Porto, 22 de dezembro de 1979Zézim,cheguei hoje de tardezinha da praia, fiquei lá uns cinco dias, completamente só (ótimo!), e encontrei tUa carta. Esses dias que tô aqui, dez, e já parece um mês, não paro de pensar em você. Tou preocupado, Zézim, e quero te falar disso. Fica quietO e ouve, ou lê, você deve estar cheio de vibrações adeliopradianas e, portantO, todo atento aos pequenos mistérios. É carta longa, vai te preparando, porque eu já me preparei por aqui com uma xícara de chá Mu, almofada sob a bunda e um maço de Galaxy, a decisão pseudo-inteligente.Seguinte, das poucas linhas da tua carta, 12 frases terminam com ponto de interrogação. São, portanto, perguntas. Respondo a algumas. A solução, concordo, não está na temperança. Nunca esteve nem vai estar. Sempre achei que os dois tipos mais fascinantes de pessoas são as putas e os santos, e ambos são inteiramente destemperados, certo? Não há que abster-se: há que comer desse banquete. Zézim, ninguém te ensinará os caminhos. Ninguém me ensinará os caminhos. Ninguém nunca me ensinou caminho nenhum, nem a você, suspeito. Avanço às cegas. Não há caminhos a serem ensinados, nem aprendidos. Na verdade, não há caminhos. E lembrei duns versos dum poeta peruano (será Vallejo? não estou certo): “Caminante, no hay camino. Pero el camino se hace ai anda”.Mais: já pensei, sim, se Deus pifar. E pifará, pifará porque você diz ”Deus é minha última esperança". Zézim, eu te quero tanto, não me ache insuportavelmente pretensioso dizendo essas coisas, mas ocê parece cabeça-dura demais. Zézim, não há última esperança, a não ser a morte. Quem procura não acha. É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado. Tudo é maya / ilusão. Ou samsara / círculo vicioso.Certo, eu li demais zen-budismo, eu fiz ioga demais, eu tenho essa coisa de ficar mexendo com a magia, eu li demais Krishnamurti, sabia? E também Allan Watts, e D. T. Suzuki, e isso freqüentem ente parece um pouco ridículo às pessoas. Mas, dessas coisas, acho que tirei pra meu gasto pessoal pelo menos uma certa tranqüilidade.Você me pergunta: que que eu faço? Não faça, eu digo. Não faça nada, fazendo tUdo, acordando todo dia, passando café, arrumando a cama, dando uma volta na quadra, ouvindo um som, alimentando a Pobre. Você tá ansioso e isso é muito pouco religioso. Pasme: acho que você é muito pouco religioso. Mesmo. Você deixou de queimar fumo e foi procurar Deus. Que é isso? Tá substituindo a maconha por Jesusinho? Zézim, vou te falar um lugar-comum desprezível, agora, lá vai: você não vai encontrar caminho nenhum fora de você. E você sabe disso. O caminho é in, não off. Você não vai encontrá-lo em Deus nem na maconha, nem mudando para Nova York, nem.Você quer escrever. Certo, mas você quer escrever? Ou todo mundo te cobra e você acha que tem que escrever? Sei que não é simplório assim, e tem mil coisas outras envolvidas nisso. Mas de repente você pode estar confuso porque fica todo mundo te cobrando, como é que é, e a sua obra? Cadê o romance, quedê a novela, quedê a peça teatral? DANEM-SE, demônios. Zézim, você só tem que escrever se isso vier de dentro pra fora, caso contrário não vai prestar, eu tenho certeza, você poderá enganar a alguns, mas não enganaria a si e, portanto, não preencheria esse oco. Não tem demônio nenhum se interpondo entre você e a máquina. O que tem é uma questão de honestidade básica. Essa perguntinha: você quer mesmo escrever? Isolando as cobranças, você continua querendo? Então vai, remexe fundo, como diz um poeta gaúcho, Gabriel de Britto Velho, "apaga o cigarro no peito / diz pra ti o que não gostas de ouvir / diz tudo". Isso é escrever. Tira sangue com as unhas. E não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. Mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. Você não está com medo dessa entrega? Porque dói, dói, dói. É de uma solidão assustadora. A única recompensa é aquilo que Laing diz que é a única coisa que pode nos salvar da loucura, do suicídio, da auto-anulação: um sentimento de glória interior. Essa expressão é fundamental na minha vida.Eu conheci razoavelmente bem Clarice Lispector. Ela era infelicíssima, Zézim. A primeira vez que conversamos eu chorei depois a noite inteira, porque ela inteirinha me doía, porque parecia se doer também, de tanta compreensão sangrada de tudo. Te falo nela porque Clarice, pra mim, é o que mais conheço de GRANDIOSO, literariamente falando. E morreu sozinha, sacaneada, desamada, incompreendida, com fama de "meio doida”. Porque se entregou completamente ao seu trabalho de criar. Mergulhou na sua própria trip e foi inventando caminhos, na maior solidão. Como Joyce. Como Kafka, louco e só lá em Praga. Como Van Gogh. Como Artaud. Ou Rimbaud.É esse tipo de criador que você quer ser? Então entregue-se e pague o preço do pato. Que, freqüentemente, é muito caro. Ou você quer fazer uma coisa bem-feitinha pra ser lançada com salgadinhos e uísque suspeito numa tarde amena na CultUra, com todo mundo conhecido fazendo a maior festa? Eu acho que não. Eu conheci / conheço muita gente assim. E não dou um tostão por eles todos. A você eu amo. Raramente me engano.Zézim, remexa na memória, na infância, nos sonhos, nas tesões, nos fracassos, nas mágoas, nos delírios mais alucinados, nas esperanças mais descabidas, na fantasia mais desgalopada, nas vontades mais homicidas, no mais aparentemente inconfessável, nas culpas mais terríveis, nos lirismos mais idiotas, na confusão mais generalizada, no fundo do poço sem fundo do inconsciente: é lá que está o seu texto. Sobretudo, não se angustie procurando-o: ele vem até você, quando você e ele estiverem prontos. Cada um tem seus processos, você precisa entender os seus. De repente, isso que parece ser uma dificuldade enorme pode estar sendo simplesmente o processo de gestação do sub ou do inconsciente.E ler, ler é alimento de quem escreve. Várias vezes você me disse que não conseguia mais ler. Que não gostava mais de ler. Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você. Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente.Ou então vá fazer análise. Falo sério. Ou natação. Ou dança moderna. Ou macrobiótica radical. Qualquer coisa que te cuide da cabeça ou/ e do corpo e, ao mesmo tempo, te distraia dessa obsessão. Até que ela se resolva, no braço ou por si mesma, não importa. Só não quero te ver assim engasgado, meu amigo querido.Pausa.Quanto a mim, te falava desses dias na praia. Pois olha, acordava às seis, sete da manhã, ia pra praia, corria uns quatro quilômetros, fazia exercícios, lá pelas dez voltava, ia cozinhar meu arroz. Comia, descansava um pouco, depois sentava e escrevia. Ficava exausto. Fiquei exausto. Passei os dias falando sozinho, mergulhado num texto, consegui arrancá-lo. Era um farrapo que tinha me nascido em setembro, em Sampa. Aí nasceu, sem que eu planejasse. Estava pronto na minha cabeça. Chama-se Morangos mofados, vai levar uma epígrafe de Lennon & McCartney, tô aqui com a letra de Strawberry fields forever pra traduzir. Zézim, eu acho que tá tão bom. Fiquei completamente cego enquanto escrevia, a personagem (um publicitário, ex-hippie, que cisma que tem câncer na alma, ou uma lesão no cérebro provocada por excessos de drogas, em velhos carnavais, e o sintoma — real — é um persistente gosto de morangos mofados na boca) tomou o freio nos dentes e se recusou a morrer ou a enlouquecer no fim. Tem um fim lindo, positivo, alegre. Eu fiquei besta. O fim se meteu no texto e não admitiu que eu interferisse. Tão estranho. Às vezes penso que, quando escrevo, sou apenas um canal transmissor, digamos assim, entre duas coisas totalmente alheias a mim, não sei se você entende. Um canal transmissor com um certo poder, ou capacidade, seletivo, sei lá. Hoje pela manhã não fui à praia e dei o conto por concluído, já acho que na quarta versão. Mas vou deixá-lo dormir pelo menos um mês, aí releio — porque sempre posso estar enganado, e os meus olhos de agora serem incapazes de verem certas coisas.Aí tomei notas, muitas notas, pra outras coisas. A cabeça ferve. Que bom, Zézim, que bom, a coisa não morreu, e é só isso que eu quero, vou pedir demissão de todos os empregos pela vida afora quando sentir que isso, a literatura, que é só o que tenho, estiver sendo ameaçada como estava, na Nova.E li. Descobri que ADORO DALTON TREVISAN. Menino, fiquei dando gritos enquanto lia A faca no coração, tem uns contos incríveis, e tão absolutamente lapidados, reduzidos ao essencial cintilante, sobretudo um, chamado "Mulher em chamas". Li quase todo o Ivan Ângelo, também gosto muito, principalmente de O verdadeiro filho da puta, mas aí o conto-título começou a me dar sono e parei. Mas ele tem um texto, ah se tem. E como. Mas o melhor que li nesses dias não foi ficção. Foi um pequeno artigo de Nirlando Beirão na última IstoÉ (do dia 19 de dezembro, please, leia), chamado "O recomeço do sonho". Li várias vezes. Na primeira, chorei de pura emoção - porque ele reabilita todas as vivências que eu tive nesta década. Claro que ele fala de uma geração inteira, mas daí saquei, meu Deus, como sou típico, como sou estereótipo da minha geração. Termina com uma alegria total: reinstaurando o sonho. É lindo demais. É atrevido demais. É novo, sadio. Deu uma luz na minha cabeça, sabe quando a coisa te ilumina? Assim como se ele formulasse o que eu, confusamente, estava apenas tateando. Leia, me digao que acha. Eu não me segurei e escrevi uma carta a ele dizendo isso. Não sou amigo dele, só conhecido, mas acho que a gente deve dizer. Escrevendo, eu falo pra caralho, não é?Aqui em casa tá bom. É sempre um grande astral, não adianta eu criticar. O astral ótimo deles independe da opinião que eu possa ter a respeito, não é fantástico? A casa tá meio em obras, Nair mandou construir uma espécie de jardim de inverno nos fundos, vai ligar com a sala. Hoje estava pUta porque o Felipe não vai mais fazer vestibular: foi reprovado novamente no 3º colegial. Minha irmã Cláudia ganhou uma Caloi 10 de Natal do noivo (Jorge, lembra?), e eu me apossei dela e hoje mesmo dei voltas incríveis pelo Menino Deus(?). Márcia tá bonita, mais adultinha, assim com um ar meio da Mila. Zaél cozinhando, hoje faz arroz com passas para o jantar.Povos outros, nem vi. Soube que A comunidade está em cartaz ainda e tenho granas pra receber. Amanhã acho que vou lá.Tô tão só, Zézim. Tão eu-eu-comigo, porque o meu eu com a família é meio de raspão. Tá bom assim, não tenho mais medo nenhum de nenhuma emoção ou fantasia minha, sabe como? Os dias de solidão total na praia foram principalmente sadios.Ocê viu a Nova? Tá lá o seu Chico, tartamudeante, e uma foto muito engraçada de toda a redação — eu com cara de "não me comprometam, não tenho nada a ver com isso". Dê uma olhada. Falar nisso, Juan passou por aqui, eu tava na praia, falou com Nair por telefone, estava descendo de um ônibus e subindo noUtro. Deixou dito que volta dia três de janeiro ou fevereiro, Nair não lembra, pra ficar uns dias. Ficará? E nada acontecerá. Uma vez me disseram que eu jamais amaria dum jeito que "desse certo", caso contrário deixaria de escrever. Pode ser. Pequenas magias. Quando terminei Morangos mofados, escrevi embaixo, sem querer, "criação é coisa sagrada”. É mais ou menos o que diz o Chico no fim daquela matéria. É misterioso, sagrado, maravilhosoZézim, me dê notícias, muitas, e rápido. Eu não pensei que ia sentir tanta falta docê. Não sei quanto tempo ainda fico, mas vou ficando. Quero escrever mais, voltar à praia, fazer os documentos todos. Até pensei: mais adiante, quando já estivesse chegando a hora de eu voltar, você não queria vir? A gente faria o mesmo esquema de novo, voltaríamos juntos. A família te ama perdidamente, hoje pintaram até uns salseirinhos rápidos porque todo mundo queria ler a matéria do Chico ao mesmo tempo.Let me take you downcause I’m going to strawberry fieldsnothing is real, and nothing to get hung aboutstrawberry fields forever strawberry fields forever strawberry fields foreverIsso é o que te desejo na nova década. Zézim, vamos lá. Sem últimas esperanças. Temos esperanças novinhas em folha, todos os dias. E nenhuma, fora de viver cada vez mais plenamente, mais confortáveis dentro do que a gente, sem culpa, é. Let me take you: I’m going to strawberry fields.Me conta da Adélia.E te cuida, por favor, te cuida bem. Qualquer poço mais escuro, disque 0512-33-41-97. Eu posso pelo menos ouvir. Não leve a mal alguma dureza dita. É porque te quero claro. Citando Arantes, pra terminar: "Eu quero te ver com saúde I sempre de bom humor I e de boa vontade".Um beijo doCaioPS — Abraço pro Nello. Pra Ana Matos, e Nino também.