segunda-feira, 30 de julho de 2007

Eu desisto

Essa reportagem eu li hoje no site da Folha de São Paulo. Não consigo acreditar. E todos acham que a culpa é única e exclusiva do Bush. E quem apóia não? Acho que falei algo parecido antes, mas essa era a parte que faltava. Acho que o mundo tem dois grandes aliados agora. Não para o bem, lógico. E para onde vamos nós e o restante dos países subdesenvolvidos?
Dívida? Oras.....

Segue a notícia:

Mundo tem dívida com os EUA, diz premiê britânico
da BBC Brasil

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, disse neste domingo (29) que o mundo está em débito com os Estados Unidos por causa do papel de liderança do país no esforço global contra grupos extremistas.

"Nós precisamos reconhecer a dívida que o mundo tem com os Estados Unidos por sua liderança na luta contra o terrorismo internacional", disse Brown, que está viajando a Washington para seu primeiro encontro com o presidente americano, George W. Bush, desde que assumiu o governo britânico, no mês passado.

O premiê disse que a ligação entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos é "a mais importante relação bilateral" do país europeu.

"É firmemente do interesse nacional britânico que nós tenhamos uma forte relação com os Estados Unidos", disse Brown. "E, como primeiro-ministro, eu quero fazer mais para fortalecer ainda mais nossa relação com os Estados Unidos."

E aí, vamos pagar?

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Eu estou de LUTO

Infelizmente eu estou de LUTO. Assim como milhares de brasileiros. Mas até quando? Até quando Brasil?
Depois do Pan, o que virá para abafar esse país de impunidades?
As pessoas, daqui há algum tempo, irão esquecer. Infelizmente. Só se você tatuar o nome da tragédia, você vai se lembrar.
Mas quem teve algum parente, pais, filho, irmão, ou qualquer pessoa conhecida naquele triste vôo, nunca mais irá se esquecer.
Será que todas as famíias terão que passar por isso para gritarmos basta?
Por que a gente não começa algo agora?
União é força. As ruas estão nos esperando há décadas....

domingo, 15 de julho de 2007

LIVE EARTH, PAN E O CRISTO

Coloque tudo no mesmo saco. Não importa se em um teve o Al Gore, se nos outros, todos os brasileiros estão envolvidos; é tudo igual, ou seja, um porre.

Não sei se a preservação do planeta foi o verdadeiro motivo que levou milhares de pessoas na praia de Copacabana ou em frente aos vários palcos que, simultaneamente, afinaram as guitarras no Live Earth. Certamente, muitos eram os classificados por curiosos, maria-vai-com-as-outras ou ‘eu vou aonde vai a galera’. Mas, felizmente, ainda restaram por lá uns verdadeiros ativistas.
Mas era um evento mundial e você já viu isso em algum lugar. Há quase 40 anos atrás, umas 3 mil pessoas tomaram posse de uma pequena propriedade rural nos EUA e deram voz, cor e corpos ao mais vivo e histórico evento de música do mundo: o Woodstock.

Hoje é muito difícil unir jovens com essa mentalidade. Ou você se interessa por política e fica nas mãos de um partido autoritário que manipula suas ações e faz dos movimentos simples fugas ou você fica com a música que, cada vez mais comercial, deixa de lado sua verdadeira origem artística. Sim, basta ver as grandes placas da Toyota e outros tantos patrocinadores. Tudo bem, você pode dizer que para um evento ocorrer é necessário patrocínio. Acredito que a boa vontade é o maior deles e se aquela quantidade de gente estava realmente interessada em garantir um futuro melhor para os seus filhos não foi isso que pareceu
A Xuxa!! Pelo amor dos céus!!! O símbolo do consumismo desde que você está na barriga da sua mãe estava lá! Nossa, e o evento acreditava que um dos males do atual estado do planeta era esse mesmo, o consumismo. Uau. Bela sacada. O gasto do evento foi outra coisa que por si só não precisava. E música pela paz ou sei lá, pela preservação, sério, isso já não cola.
Até porque no Brasil, o público foi bem inferior ao do Rolling Stones... Só para comentar...
Mas enfim, se você quer fazer algo MESMO para um futuro melhor, por favor, por que lavar a calçada depois de um dia de chuva? Diz meu vizinho de prédio, para tirar as folhas que caíram do vento.....
Tá certo ele.
Fumantes, preservem a ‘meio ambiente’ da Famecos, pelo amor de Deus. E tantas coisinhas. É foda pensar no grande, no macro, mas a gente não precisa, nós, reles mortais, que não nos chamamos Bush, Gates, Jobes, Brown..., temos que pensar no micro.

O Pan: Legal, ótimo, vamos esquecer os assaltos, as mortes, o tráfico e todo o resto em nome dos atletas brasileiros. Claro, enquanto as coisas pararam pelo Rio de Janeiro, elas aumentaram por Porto Alegre. Mas não faz mal, tem gaúcho no Pan também.

O Cristo: Realmente, lembram dessa música: “ E a cidade, que tem braços os braços abertos num cartão postal, com os punhos fechados na vida real...”
Não precisa mais nada.



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Por que as pessoas lembram o Dia Mundial do Rock com Elvis e cia anos 50? Não agüentei programas engraçadinhos da TV dando uma de moderninhos alternativos.
Estava faltando algo como AC/ DC na veia! Ah mas isso não é rock, é feio hahahaha

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Última questão sobre as cotas

A questão das cotas raciais e sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul já deu muito pano para a manga. Talvez, daqui a um tempo, na chegada do próximo vestibular, as acirradas discussões voltem à tona. Minha posição, no princípio, era completamente contra, com exceção das cotas sociais. Porém, depois de tantos comentários e debates com várias pessoas, de diferentes níveis sociais, culturais e intelectuais acabei reformulando meu pensamento.

Talvez, meu pensamento tenha mudado (essa não seria a palavra, mas digamos que ele ‘desceu do muro’) depois que eu ouvi uma entrevista com o senador e ex-candidato à Presidência da República Cristóvão Buarque. Aqui não cabe transcrever suas palavras mas quem se interessar sugiro que pesquise mais a respeito desse político que admiro muito. Tanto pela coragem e por sua singular sensibilidade em relação à questão mais doente do país que é a Educação.

Hoje, comemoro o resultado favorável à instalação das cotas na UFRGS. Mesmo não sendo uma acadêmica da universidade, espero um dia, sim, possa fazer parte de um círculo de alunos que se interessam por questões políticas e sociais.

Cotas: Talvez porque isso mexeria a estabilidade da maioria: lá conviviam os (estereotipados)‘socialistas’ pró-cotas, os apolíticos porque já estavam na universidade e nada tinham a perder ou ganhar e, finalmente, os conservadores anticotas.
O que mais me chamou a atenção foi que a maioria dos estudantes contra as cotas eram de curso pré-classificados como elitistas. Medicina era o que mais reunia adeptos. Sim, é muito difícil entrar num curso como esse mas é mais difícil ainda se você sempre estudou numa escola pública e não teve acesso a um cursinho de qualidade.

Sim, a favor das cotas, mesmo achando que as cotas sociais gerarão preconceitos, as sociais, idem. Estudantes com cotas (ou bolsa) sempre são vistos com outros olhos (experiência própria). Acredito que seja pensamento de mentes provincianas que nada tenham para mudar a situação social brasileira. Estudantes que ganham uma bolsa ou entram numa universidade por cotas sentem-se mais valorizados e integrados na sociedade e fazem por merecer o que possuem, diferente de quem acha que pode tudo.

Em algum blog li algo que me chamou a atenção que ser contra as cotas é pensamento de quem sempre esteve acomodado e que quer continuar com sua posição superior. Faço dessas as minhas palavras. Enquanto o ensino público não for tão bom quanto o ensino particular, essas medidas são mais que necessárias.
Aliás, se você passou a maior parte de sua vida estudando em escola particular porque você que ir para uma universidade pública? (o estacionamento de Medina na UFRGS não possui carros ditos populares). Sim, isso foi uma ironia; já convivi com diversos tipos de gente e ouvi comentários do tipo: ‘Se eu passar na UFRGS meu pai me dá um carro/apartamento, etc’. Ouve-se muito isso com o pessoal do interior, que quer passar na federal para conquistar esses ‘mimos’.
OK. Pensamento cômodo.
Mas acredito que o fato de você ter dinheiro, não fará de você uma pessoa melhor e nem o fato de você não ter tido condições uma pessoa ‘coitadinha’. Sobre o último, não saberia falar muito sobre isso. Mas sobre o primeiro caso, ah, esse eu entendo. Olhe a Famecos. A maioria das pessoas que estão lá são verdadeiros ‘filhinhos de papai’. O nível da ó Faculdade de Comunicação da PUC está decaindo muito. Não em questões técnicas, não! Mas em alunos. Mentes em ebulição. Certo, mas em quê? Naquele pensamento manipulado? Faça o que os outros querem? Sim, seu caminho para o sucesso. Antes, as pessoas não pensavam por medo, agora, por qual motivo? Falta de vontade? Ah vide Famecos mais uma vez.

O que mais me deixa irritada é que eu estudo numa universidade particular que não tem essa ‘diversidade’ que uma federal pode ter. Alunos da PUC não vão na frente da Reitoria nem sequer para ver a bandeira ser erguida na semana da pátria. Alunos da PUC não fazem nada para reclamar das mensalidades, só comentam em aglomerados grupinhos de metidos querendo se passar por blasé deixando como único legado a sujeira dos restos de cigarro pelo saguão da, mais uma vez, Famecos. Sim, nós somos os jovens que mudarão esse mundo. Mas mudança é uma palavra esquecida por todos nesse mundo da pós-modernidade.

quarta-feira, 4 de julho de 2007