terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O TRI não é tão tri assim

É triste ver as coisas acontecendo na tua frente, reclamar pelo msn e não fazer nada. Na verdade, não é triste, é atitude de gente covarde.
Minha posição política é muito complexa. Não vejo mais solução na estrutura partidária e sou adepta da teoria de mantenha o Estado e as grandes empresas longe das nossas vidas. Mas passando por censores anarquistas, é uma realidade alternativa tão difícil de se colocar em prática e que funcione num planeta com sei lá quantos bilhões de indivíduos. É algo que não vai acontecer, não que eu esteja viva pra ver.
Ao mesmo tempo que um pequeno grupo resiste ao autoritarismo, um outro segue firme e forte impondo o modo como as pessoas devem viver. Mas aquele pequeno grupo agitador também tem a necessidade extremamente forte de dizer às pessoas como elas devem viver, o que devem comer (nunca entre num McDonald's, por exemplo). Por isso que não apóio partidos políticos. Não acredito mais na ideologia ( ela morreu e ninguém me falou) de partidos muito menos na lógica da democracia (se é que tem lógica) do século XXI. Mas as idéias de liberdade só fazem sentido nos livros que eu leio e então vem o sentimento de covardia diante do mundo.
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Semana passada uns amigos me convidaram pra participar de manifestações contra o aumento das passagens de ônibus em Porto Alegre. Não fui. Covarde, mais uma vez. E isso que eu pego ônibus, sou estudante e o dinheiro gasto com isso é um absurdo. Além do mais, estudante que trabalha com bolsa de pesquisa não tem direito de renovar o cartão do TRI nas férias e precisa pagar a tarifa integral para pegar um ônibus.
Hoje teve mais uma manifestação. Vi nas fotos que um amigo meu estava no chão, sendo imobilizado por policiais. Polícia, pfff, essa merece mais um post da minha indignação, mas focando no caso de hoje, percebe-se quem não há nenhum preparo para tratar os manifestantes, como bem comentou o Thales. E, diga-se de passagem, estavam lá para exprimir sua liberdade de expressão e, como disse uma manifestante, eles chegaram batendo. Eles ainda tem medo dos estudantes? Não, já está mais do que confirmado de que lado está a superioridade e a força utilizada supera qualquer ato produzido com o intuito de conscientização social.
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Pois é, Fogaça, se não bastasse aumentarem a passagem todos os anos, nas férias, tu faz essa logo após ter sido reeleito?
E ainda nos mandam votar, fazem campanha contra o voto nulo e depois, quando se vai cobrar, acontece isso? Não somos cidadãos nesse momento?

Não. Mas são eles que decidem a minha vida. E decidem que meu final de semana terá cervejas a menos por causa de uma passagem mais cara.

Mas aí penso que ao menos estamos conscientes disso (primeiro passo). E o resto?

Desanimo e volto para o quarto de paredes utópicas.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Pedaços de novo ano

Comecei o ano mais míope e com menos dinheiro. Nada mal. Bom, com lentes 'maiores' não perco mais o ônibus.

E comecei o ano ouvindo mais blues que ultimamente. So good ;)

Enquanto eu me derretia ouvindo No Surprises em Dezembro quase num surto doido, comecei janeiro estourando blues e rock and roll nas minhas caixinhas de som. Little Richard, campeão, rock and roll babe all night long.

(Acho que não agüento mais essa coisa indie, hype so cool . Motivos pelos quais a Independência não fará mais parte do meu roteiro para 2009.)

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Saudades de respirar Casa de Cultua Mario Quintana. Mal voltei pra Porto Alegre e passei toda semana lá. Café + cinema = perfeito roteiro.

Tem uns filmes que já saíram de cartaz dos grandes cinemas de Porto Alegre, mas que estão por lá, como o Desejo e Reparação – com uma das histórias mais tristes que já vi. Detalhe para o fato de eu ter chorado até chegar em casa.

E que bom que a Madonna já foi embora, que acabou essa febre. Sim, admito com todos as letras que Madonna nunca esteve e nunca estará numa playlist minha (escolhida em sã consciência, claro).

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Como disse uma pessoa do meu Twitter: “Holocausto palestino é aceitável”.

Gente, entra ano e sai ano é sempre a mesma coisa. Sabe, e isso não é uma guerra ideológica/religiosa. Questões geográficas mais importantes para os poíticos que sabem que o território da Palestina é muito valioso para não ficar nas mãos de Israel e dos judeus. Porque para eles Deus disse a Abraão...blá, conversa. Não quero citar Beatles e Lennon, but...

Os judeus usam Hitler para se defender e dizer que merecem a terra prometida. Faz-me rir! Parece que a antropologia não está mais com toda razão ao afirmar que o ser humano é perfectível. Desse jeito, ele continuará a repetir os mesmo erros históricos transformando a História em algo para o futuro e não passado. Lamentável ver que agora eles querem fazer um holocausto palestino. E pior de tudo é ver quem faz guerra com pedras e outros com metralhadoras alemãs.

E a ONU? Obama?

Obama eu realmente darei um desconto porque 20 de janeiro ainda não chegou. Mas não fique em silêncio por muito tempo. Se bem que a mudança que ele tanto glorificou era para americanos (norte-amerianos) e não para o mundo. E eu aqui perdendo meu tempo acreditando...

E enquanto estamos pagando pra esperar o mundo ainda faz guerras em nome de Deus/Alá e o raio que o parta.

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P.S: meu primeiro texto pós reforma ortográfica (hihi) não estou nos conformes eu sei, eu tenho IDEIA disso. heheheh