comentário da professora Ana Cláudia Nascimento na aula de Ética em Jornalismo, hoje pela manhã.
Ela tem razão. Não sei que assunto originou a frase acima ou se foi apenas de uma observação de: "okay, segundo dia depois do feriado uma turma inteira está sem vontade nem pra dizer 'presente'". Se foi, não foi só isso. Um mês de Isabella Nardoni na mídia, MST invadindo órgãos públicos (porque eles são realmente o único movimento unido e que tem força em TODOS os estados brasileiros?), 30 de abril é o prazo para definições partidárias e a imprensa não está comentando uma linha e etc estavam sendo discutidos. Eu estava morrendo de dor de cabeça, mas, confesso, não era apenas uma dor. Meus óculos não estão mais sendo suficientes e meu esgotamento mental não foi recuperado com o feriado. Posso afirmar com muita certeza que essa aula (uma das melhores do 4º semestre da Famecos) entra e sai com a mesma intensidade na cabeça de algumas pessoas. "Ética e Imprensa" do Eugênio Bucci está fazendo efeito quando ele me fez pensar sobre vestir a camisa da profissão e não da empresa. Diferente da prática, em que jornalistas concordam com a atuação da imprensa em certos casos (pense no caso Isabella) , os mesmos voltam para a redação e fazem o que seus editores mandam. Eu faria? Estou seriamente numa crise existencial e nem mais tenho resposta para simples questões da vida. Ok. Eu não faria. Eu perco meu emprego. Mas eu preciso comer, me vestir... e aí? Vamos encarar?
Para voltar a minha indagação principal quando destaquei a frase da aula, penso que eu também faço parte do 'vocês' a quem ela se refere. Realmente, eu entrei na faculdade achando que eu podia mudar o mundo. Hoje penso que eu posso mudar o mundo de outras formas. Mas não perdi as esperanças. Tem gente que já entregou as armas há muito tempo. Conformismo. Talvez.
E quanto ao meu desafeto com o Pierre Bourdieu, nada a declarar. Preciso de um post só pra falar dele, do Adorno e disso que me 'incomoda'.
(tem muitas aspas nesse texto).
Acontece que se seria mesmo o conhecimento o bem mais importante e escasso atualmente (desafeto com o Bourdieu está aqui) isso não se aplica ao terceiro mundo. Tá, Brasil. Enfim, isso é um próximo post, também.
E, realmente, hoje foi um dia tão bom porque é maravilhoso descobrir pessoas inteligentes do teu lado, o mundo ainda tem chance, basta começar a fazer algo. Ontem eu resolvi deixar de dizer tudo bem pra todos e tudo e contribuir para a minha saúde física e mental. Resolvi colocar em prática a tática do foda-se e gastar 10 reais em besteiras no bar do Antônio (pra quem nem come direito...). Falei alto com o motorista do D43 que quase me prensou na porta porque não teve a paciência de me esperar e chamei a atenção de um cara que tacou o resto do seu cigarro em cima dos meus pés. Tinha lixeira do lado, pô!
Enfim, to no caminho.
Vou trabalhar que a vida não é só ficar aqui desabafando porque acho que só os bits me entendem. Marx adoraria saber que eu vou lá oferecer minha mão de obra e produzir (fui irônica, hehe).