quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Declaração utópico-pirata sem apêndices

O twitter vai matar meu blog. E tenho dito.

Essa era de micro-blogging te faz postar pequenos comentários ao longo do dia, somando sei lá quantos updates em uma hora, deixando de lado o maior espaço do blog. Os 140 caracteres me vencem.

Óbvio que isso só pode ser constatado empiricamente comigo.


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Há duas coisas que me irritam, no momento*, em Porto Alegre. O trânsito (entenda-se linha D43 da Carris, melhor empresa do mondo) e as eleições. Maldito último dia em que não fui atendida para a transferência do meu título de eleitor. Quem mandou ser brasileira e deixar para a última hora, ser a última da fila e não ser atendida? Pois é. Não poderei dar meu troco.


1) Gostaria que, em algum dia, o secretário de Gestão da prefeitura de Porto Alegre fizesse um tour entre Mercado Público e Campus do Vale utilizando como meio de transporte aqueles que ele afirma rodarem com apenas 30 por cento da capacidade. Pegar um D43 entre 07:30 e 08:30 da manhã, ser feliz se o motorista não falar "mais um passinho para fechar a porta" e ter 'boa viagem'. Não sei se isso o ajudaria a mudar de idéia em relação ao programa Portais da Cidade. Programa por sinal que não beneficiaria a quem deveria: quem utiliza o transporte coletivo. Eu só espero, um dia, poder me mandar daqui porque se agora o trânsito já está caótico e se pegar ônibus é viver uma experiência diária de enlatados com um Tri na mão, pela lógica do sistema, as coisas tendem a piorar. E daqui uns meses, quando a passagem aumentar, já que Fogaça será reeleito, creio que o bolso de quem é estudante também vai piorar. E isso me dá muita raiva nesse exato momento. Não que Manuela, Maria, Luciana ou Vera (tô feminista, não citarei os candidatOs) fossem resolver algo. Mas...


2) O que os marketeiros políticos fizeram demais com a Manuela, essa gente fez menos com a Maria do Rosário. Aquele carro de som com um “chega de José, agora é Maria” é de uma inteligência absurda.

E a Juliana Brizola pretende ser vereadora com um slogan: “Vote na neta de Brizola”.

Continuo olhando e não entendendo. Na verdade, não digerindo.


* Beco, revista do Beco, Carol Teixeira filósofa e pessoas com lenço palestino também me irritam, no momento.


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Mais do que nunca, nesses momentos da vida entre eleições, Wall Street e Obama X McCain e uma observação básica nas conversas inúteis das pessoas que serão jornalistas em menos de dois anos no saguão da Famecos, a solução, mesmo que temporária, é desligar o computador, ler o T.A.Z em 90 minutos e dedicar os momentos seguintes para ver “O que fazer em caso de incêndio”. Opções mais agradáveis – e em mão. Não que a Zona Autônoma possa surgir, mas fico feliz em saber que eu posso escolher as pessoas para estarem dentro da minha T.A.Z.


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“Eu vos digo: é preciso ter caos ainda dentro de si, para poder dar à luz uma estrela dançarina. Eu vos digo: ainda há caos dentro de vós.”


Não foi dessa vez que meu blog morreu.


Um comentário:

Anônimo disse...

Protesto: não reduza teus pensamentos a 140 caracteres!