Depois de 49 dias sem um post, do clássico stress de final de semestre, das noites mal dormidas e dos trabalhos entregues pela metade por motivos insólitos, cá estou, quase gritando féeerias pela janela, feliz da vida mesmo com um ano mais velha acrescido nos últimos dias.
Não que envelhecer seja algo que não me agrade (meu Deus, que papo é esse?) mas tenho experiências de pessoas que ao avançarem a casa dos 20 chegaram aos 30 com um pensamento conservador e burocrata. Aí está a questão:o avanço dos anos me faz ter pavor de um dia ter que deparar que me transformei em alguém assim. E o pior, tem gente que se reconhece. Enfim, ficarei desse lado pra abraçar os malditos no inferno. Entre eles, o Thompson que não me permite sucesso e a vaga garantida do Wolfe (fase) New Journalism. Esse último, caramba, fechou com chave de ouro meu semestre. É tão lindo o deslumbre, por mais que seja anti-acadêmico/científico, como certamente afirmaria um professor meu, mas por que não se deslumbrar? Com o belo e o maldito, com toda forma (re)inventada, (re) criada, com tudo que seja imprevisível e que dê um tapa na cara (ou um chute na bunda) no velho conservadorismo acadêmico e nos que que adoram uma forma fechada (não, não é uma exaltação pós-moderna, muito pelo contrário). O toque niilista é só a cereja maldita do bolo.
Deve ter um nome, mas não me vem nada em mente agora além de experimentação. Experimentar a vida, em todos os sentidos para que os resquícios sejam encontrados em todas as manifestações do eu.
Descobrir (a fundo) o novo jornalismo:
"Que se dane... Que reine o caos ... aumentem a música, mais vinho... Que se danem as posições... O degrau de cima é de quem pegar primeiro. Todas as velhas tradições estão exauridas, e nenhuma nova foi estabelecida. As apostas estão suspensas! as vantagens canceladas! o jogo não é de ninguém!... os cavalos estão todos dopados!... a pista é de vidro!... e de um caos assim glorioso poderá surgir, da mais inesperada fonte, da mais inesperada forma, alguma bela, nova e gorda Explosão de Estrelas de Fogos de Artifício que incendiará o céu".
(Wolfe)
Tão perfeito e demais quanto:
Eu vos digo: é preciso ter ainda caos dentro de si, para poder dar à luz uma estrela dançarina. Eu vos digo: ainda há caos dentro de vós.
(do bigodudo Nietzsche)
>>
O que seria do mundo se todos sofressem da tal doença da seriedade? Um brinde. E, parafraseando Nietzsche numa carta a Wagner: "...desta vez, no entanto, eu venho como o vitorioso Dionísio, que transformará o mundo numa festa...não que eu tenha muito tempo...
Nota: ao lado do meu prédio tem uma casa de dois andares muito antiga. Eu moro no segundo andar e meu apartamento fica nos fundos. Da minha sala, dou de cara com os fundos da casa e com uma despedida de solteiro de um dos moradores. Bom, tem zilhões de moradores de todas as faixas etárias, mas para a minha surpresa, o que é óbvio também, tem um bando de homem esperando um bolo enorme chegar com uma loira peituda dentro. Como o calor está insuportável e minha janela precisa ficar aberta, estou brincando de conversas furtadas. Seriam muitos comentários para um dia só. Fica aqui porque vou sair de casa antes que o bolo chegue.
Não que envelhecer seja algo que não me agrade (meu Deus, que papo é esse?) mas tenho experiências de pessoas que ao avançarem a casa dos 20 chegaram aos 30 com um pensamento conservador e burocrata. Aí está a questão:o avanço dos anos me faz ter pavor de um dia ter que deparar que me transformei em alguém assim. E o pior, tem gente que se reconhece. Enfim, ficarei desse lado pra abraçar os malditos no inferno. Entre eles, o Thompson que não me permite sucesso e a vaga garantida do Wolfe (fase) New Journalism. Esse último, caramba, fechou com chave de ouro meu semestre. É tão lindo o deslumbre, por mais que seja anti-acadêmico/científico, como certamente afirmaria um professor meu, mas por que não se deslumbrar? Com o belo e o maldito, com toda forma (re)inventada, (re) criada, com tudo que seja imprevisível e que dê um tapa na cara (ou um chute na bunda) no velho conservadorismo acadêmico e nos que que adoram uma forma fechada (não, não é uma exaltação pós-moderna, muito pelo contrário). O toque niilista é só a cereja maldita do bolo.
Deve ter um nome, mas não me vem nada em mente agora além de experimentação. Experimentar a vida, em todos os sentidos para que os resquícios sejam encontrados em todas as manifestações do eu.
Descobrir (a fundo) o novo jornalismo:
"Que se dane... Que reine o caos ... aumentem a música, mais vinho... Que se danem as posições... O degrau de cima é de quem pegar primeiro. Todas as velhas tradições estão exauridas, e nenhuma nova foi estabelecida. As apostas estão suspensas! as vantagens canceladas! o jogo não é de ninguém!... os cavalos estão todos dopados!... a pista é de vidro!... e de um caos assim glorioso poderá surgir, da mais inesperada fonte, da mais inesperada forma, alguma bela, nova e gorda Explosão de Estrelas de Fogos de Artifício que incendiará o céu".
(Wolfe)
Tão perfeito e demais quanto:
Eu vos digo: é preciso ter ainda caos dentro de si, para poder dar à luz uma estrela dançarina. Eu vos digo: ainda há caos dentro de vós.
(do bigodudo Nietzsche)
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O que seria do mundo se todos sofressem da tal doença da seriedade? Um brinde. E, parafraseando Nietzsche numa carta a Wagner: "...desta vez, no entanto, eu venho como o vitorioso Dionísio, que transformará o mundo numa festa...não que eu tenha muito tempo...
Nota: ao lado do meu prédio tem uma casa de dois andares muito antiga. Eu moro no segundo andar e meu apartamento fica nos fundos. Da minha sala, dou de cara com os fundos da casa e com uma despedida de solteiro de um dos moradores. Bom, tem zilhões de moradores de todas as faixas etárias, mas para a minha surpresa, o que é óbvio também, tem um bando de homem esperando um bolo enorme chegar com uma loira peituda dentro. Como o calor está insuportável e minha janela precisa ficar aberta, estou brincando de conversas furtadas. Seriam muitos comentários para um dia só. Fica aqui porque vou sair de casa antes que o bolo chegue.
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