sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Além das Redes de Colaboração

Ontem, o ciclo de palestras Além das redes de Colaboração, etapa Porto Alegre, foi finalizado em grande estilo pelo Gerbase (adoro!!)e pelas discussões sociais sobre TV Digital do Sérgio Amadeu. Não que Luiz Fernando Soares não tenha esclarecido todas as questões técnicas, mas já havia participado de muitas palestras sobre TV Digital e a parte social era deixado de lado. Nem na minha Faculdade de Comunciação, as possíveis mudanças sociais foram debatidas, salvo as aulas do professor Biz. Enfim, fez uma excelente apresentação.

Fiquei pensando que teria causado a baixa participação de pessoas. Mesmo que a conferência era transmitida pela Internet, acredito que a presença física em eventos como esse é muito importante. Queria que o Alex Primo tivesse participado do último dia também. Pretendo, um dia quem sabe, fazer meu mestrado da UFRGS e ter aula com ele. Conheci o trabalho dele depois que me tornei uma viciada por cibercultura e com as aulas de Jornalismo Digital. Mas ainda não sei se levo jeito para isso. [crises]

Ah, sim, a falta de pessoas. Minha visão lá era de estudante de jornalismo. Eu não era uma programadora ou ativista por software livre (ta, não sou discípula da Microsoft, mas sou como a grande maioria da população que faz uso de algum SO), como a grande maioria que estava lá era. Participei de todos os dias, dormi na terça-feira. Segunda foi a melhor palestra. Às vezes acho que participar de conferências como essas valem muito mais que ficar numa sala de aula. Poderiam acontecer mais vezes eventos como esse. Alguém viu ele ser divulgado na mídia? Vi um Box no jornal do Comércio um mês atrás.

A revolução digital colocou as pessoas diante de uma nova realidade. Todos estamos na era do conectado. E esse mundo nos rodeia. Não pertence mais apenas aos técnicos dos códigos do Vale do Silício. Embora muitos debatam sobre isso, sinto, infelizmente, um grande desprezo por estudantes de Jornalismo pela área do online. Todos reclamam da cadeira de Jornalismo Digital. Nossa! É uma realidade que não tem como esconder. Sim, há muitas coisas nela que devemos mudar como discutir a inclusão digital e os problemas decorrentes da facilidade do uso da ferramenta tecnológica para fins maléficos. Mas como tem gente saudosista e que optaria pelo mundo da máquina de escrever. Oras, medo que o jornal acabe? Que ridículo! A TV não substituiu o cinema nem o rádio. Assim como a Internet não vai acabar com isso.

E eu defendo o diploma. Já discuti isso num trabalho da faculdade, e o Túlio Milmam estava presente dizendo que não era a favor do diploma. Ok. O jornalista passou de intelectual para técnico da informação. Mas uma formação profissional é fundamental. A universidade abre os olhos para conhecermos o caminho tão amplo que é a área da Comunicação. E com o mundo digital também (amplo).

Se bem que tem gente na minha turma que continua com os olhos fechados. E não sei o que aquelas gurias que SONHAM em ser apresentadoras do Tempo fazem lá. Essas sim, que acham um saco quando fala-se em Lévy, Adorno, Lasswell, ...não precisam de faculdade. Aprender a segurar um microfone na mão não precisa de 4 anos de faculdade. Por isso que tanta gente na imprensa fala merda. Faz meda. O pensar ainda é importante numa universidade. Não somos, ainda, robôs. Somos racionais para quê? Para não pensar e preferir a reprodução mecânica e contínua das mesmas coisas sempre? [a partir do meu semestre que vem ]
Nem todos pensam em enfiar tudo no lead. Ainda existem os que pensam no novo.

Mas, ultimamente, não são jornalistas que pensam nesse novo (talvez aí o Alex Primo tenha razão na questão do diploma).....

Continua outro dia.

Nenhum comentário: