sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O centro de Porto Alegre não mudou

O centro de Porto Alegre continua igual. Mesmo que o comércio popular esteja concentrado no Camelódromo e não mais na Praça XIV.
Continua igual. Sem as barraquinhas amarelas é possível ver um bando de gente caminhando apressadas durante o dia. Como sempre foi. Cada um com seus motivos. Um atrasado para o trabalho, o outro querendo pegar o ônibus ali parado no terminal Parobé e eu querendo chegar na imobiliária antes da próxima chuvarada. Continua igual porque mesmo que lugar de ambulante seja no CPC, sempre tem alguém gritando pra ti: CD, DVD, CD DVD. E é sempre bom encontrar o cara que vende guarda-chuvas em dias como hoje. Mais caro, mas te ajuda pelo menos a chegar em casa. O centro de Porto Alegre continua sujo, ainda tem gente pedindo escolas, morando embaixo de marquises, os taxistas continuam sendo os piores condutores por causa da sua já conhecida e apreciada polidez característica. As pessoas ainda não sabem o que são as listras brancas nas ruas ou a diferença de uma mão vermelha e de um homenzinho verde. Assim como as pombas do Paço Municipal continuam por lá, o centro de Porto Alegre também não mudou.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

aos amigos

“(...) Nunca teve uma súbita necessidade de simpatia, de auxílio, de amizade? Sim, com certeza. No meu caso, aprendi a contentar-me com a simpatia. Encontra-se mais facilmente e, depois, não exige nenhum compromisso. ‘Creia na minha simpatia’, no discurso anterior, precede imediatamente ‘e agora, ocupemo-nos de outra coisa’. É um sentimento de presidente de Conselho: obtém-se a bom preço, depois das catástrofes. A amizade é menos simples. A sua aquisição é longa e difícil, mas, quando se obtém, já não há meios de nos livrarmos dela, temos de enfrentá-la. Sobretudo, não acredite que os amigos lhe telefonarão todas as noites, como deveriam, para saber se não é precisamente essa a noite em que decidiu suicidar-se ou, mais simplesmente, se não tem necessidade de companhia, se não está com vontade de sair. Oh, não, se telefonarem, pode ficar certo, será na noite em que já não está tão só e em que a vida é bela. Quanto ao suicídio, de preferência eles o levariam a isso, em virtude do que deve a si próprio, segundo eles. Que Deus nos livre, caro senhor, de sermos colocados muito alto por nossos amigos! Quanto àqueles cuja função é amar-nos, quero dizer, a família e os parentes afins (que expressão esta!), isso é outra história. Têm a palavra necessária, sim, é verdade que a têm, mas é mais a palavra-bala;telefonam como quem dispara uma carabina.”

A Queda - Camus, A. p. 27

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Desgovernadora Yoda

Meu amgio Thales pode assitir e gravar certas coisas de camarote como, por exemplo, a capacidade de um ser que saiu à noite para praticar um belo ato político. Vou te contar, heim. E eu roubando expressões da Nova Corja.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Lindo!

Heavy hung the canopy of blue
Shade my eyes and I can see you
White is the light that shines through the dress that you wore
She lay in the shadow of the wave
Hazy were the visions of her playing
Sunlight on her eyes but moonshine beat her blind everytime
Green is the colour of her kind
Quickness of the eye deceives the mind
Many is the bond between the hopefull and the damned.


Ainda a maioria?

"É certo que a democracia é a melhor alternativa que temos para se viver em sociedade, mas é certo também que não é a ideal. O simples fato de termos que depender da maioria para decidir tudo na nossa vida, mostra a incapacidade que temos, como indivíduos, de dirigir o nosso próprio destino. (...) O que a maioria tem é a força, a intimidação e não nescessariamente a sabedoria e direção".

Grande Andreas Kisser. Aqui.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

supergrass

A novela Phelps continua. Quanta falta do que fazer e do que falar. Hoje, lá está ele de novo no Jornal Nacional e na capa de vários sites. Primeiro, não estou fazendo nenhuma apologia, mas por favor, que lance mais ridículo, tudo para salvar a boa imagem do esporte. Vida saudável não combina com maconha. No Jornal Nacional , a matéria dizia: isso – e mostrava Phelps e a foto polêmia - não comina com isso – e uma foto do atleta ostentando medalhas.

Ah qual é. Mas pior do que isso é o próprio vir a público e pedir desculpas por ter feito isso! Desculpas, oras, talvez pra não ficar sem o patrocínio que perdeu hoje.

Mas, o que Michael Phelps devia ter dito está aqui, “roubado” do don’t touch my moleskine. Traduz completamente a intenção do post.

p.s: se ele realmente tivesse dito isso, eu começaria a gostar mais de esportes. :P

Dear America,

I take it back. I don’t apologize

Because you know what? It’s none of your goddamned business. I work my ass off 10 months a year. It’s that hard work that gave you all those gooey feelings of patriotism last summer. If during my brief window of down time I want to relax, enjoy myself, and partake of a substance that’s a hell of a lot less bad for me than alcohol, tobacco, or, frankly, most of the prescription drugs most of you are taking, well, you can spare me the lecture.

domingo, 1 de fevereiro de 2009