domingo, 15 de julho de 2007

LIVE EARTH, PAN E O CRISTO

Coloque tudo no mesmo saco. Não importa se em um teve o Al Gore, se nos outros, todos os brasileiros estão envolvidos; é tudo igual, ou seja, um porre.

Não sei se a preservação do planeta foi o verdadeiro motivo que levou milhares de pessoas na praia de Copacabana ou em frente aos vários palcos que, simultaneamente, afinaram as guitarras no Live Earth. Certamente, muitos eram os classificados por curiosos, maria-vai-com-as-outras ou ‘eu vou aonde vai a galera’. Mas, felizmente, ainda restaram por lá uns verdadeiros ativistas.
Mas era um evento mundial e você já viu isso em algum lugar. Há quase 40 anos atrás, umas 3 mil pessoas tomaram posse de uma pequena propriedade rural nos EUA e deram voz, cor e corpos ao mais vivo e histórico evento de música do mundo: o Woodstock.

Hoje é muito difícil unir jovens com essa mentalidade. Ou você se interessa por política e fica nas mãos de um partido autoritário que manipula suas ações e faz dos movimentos simples fugas ou você fica com a música que, cada vez mais comercial, deixa de lado sua verdadeira origem artística. Sim, basta ver as grandes placas da Toyota e outros tantos patrocinadores. Tudo bem, você pode dizer que para um evento ocorrer é necessário patrocínio. Acredito que a boa vontade é o maior deles e se aquela quantidade de gente estava realmente interessada em garantir um futuro melhor para os seus filhos não foi isso que pareceu
A Xuxa!! Pelo amor dos céus!!! O símbolo do consumismo desde que você está na barriga da sua mãe estava lá! Nossa, e o evento acreditava que um dos males do atual estado do planeta era esse mesmo, o consumismo. Uau. Bela sacada. O gasto do evento foi outra coisa que por si só não precisava. E música pela paz ou sei lá, pela preservação, sério, isso já não cola.
Até porque no Brasil, o público foi bem inferior ao do Rolling Stones... Só para comentar...
Mas enfim, se você quer fazer algo MESMO para um futuro melhor, por favor, por que lavar a calçada depois de um dia de chuva? Diz meu vizinho de prédio, para tirar as folhas que caíram do vento.....
Tá certo ele.
Fumantes, preservem a ‘meio ambiente’ da Famecos, pelo amor de Deus. E tantas coisinhas. É foda pensar no grande, no macro, mas a gente não precisa, nós, reles mortais, que não nos chamamos Bush, Gates, Jobes, Brown..., temos que pensar no micro.

O Pan: Legal, ótimo, vamos esquecer os assaltos, as mortes, o tráfico e todo o resto em nome dos atletas brasileiros. Claro, enquanto as coisas pararam pelo Rio de Janeiro, elas aumentaram por Porto Alegre. Mas não faz mal, tem gaúcho no Pan também.

O Cristo: Realmente, lembram dessa música: “ E a cidade, que tem braços os braços abertos num cartão postal, com os punhos fechados na vida real...”
Não precisa mais nada.



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Por que as pessoas lembram o Dia Mundial do Rock com Elvis e cia anos 50? Não agüentei programas engraçadinhos da TV dando uma de moderninhos alternativos.
Estava faltando algo como AC/ DC na veia! Ah mas isso não é rock, é feio hahahaha

Um comentário:

Anônimo disse...

"...
Estranho o teu Cristo, Rio
Que olha tão longe, além
Com os braços sempre abertos
Mas sem protejer ninguém
Eu vou forrar as paredes
Do meu quarto de miséria
Com manchetes de jornal
Pra ver que não é nada sério
..."
Cazuza