sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Uma banda chamada Pink Floyd


Acabei de ler o primeiro capítulo de um livro que, diga-se de passagem, é uma obra prima como o disco de nome homônimo. O livro The Dark Side of The Moon - Os Bastidores da Obra-Prima do Pink Floyd foi escrito por John Harris e lançado no Reino Unido em 2005. No ano passado, ele chegou ao Brasil traduzio por Roberto Mugiatti. O disco se tornou, antes de virar uma referência da música, um mito.

Nas 244 páginas, o autor de "The Last Party: Britpop, Blair and the Demise of English Rock", e jornalista do "The Guardian" ,"Mojo" e "Q" revela detalhes dos músicos em estúdio, do relacionamento entre eles e curiosidades relacionadas ao disco que, na Inglaterra, país de origem, consta na coleção de 3 a cada 5 ingleses.

Pink Floyd ficou um tempo adormecido na minha discografia básica. Diga-se de passagem sempre foi uma das minhas bandas preferidas. Syd Barret, falecido recentemente, foi um dos primeiros artistas no rock experimental que eu tive contato. E David Gilmor sempre foi melhor que Roger Waters na minha visão.

Uma vez, um amigo meu me emprestou o disco (The Dark Side of The Moon) e eu 'pirei' na banda. Naquela época, Pink Floyd pra mim se resumia em "Wish you where here" e " Another Brick in the Wall".

De lá pra cá, e isso já faz uns bons anos, Pink Floyd passou a signifiar muito pra mim. Do psicodelismo ao progressiso, tão criticado depois na década de 70, a banda se tornou ímpar. Nenuma banda conseguir fazer o mesmo tipo de som, com a mesma intensidade e emoção que David Gilmor, Roger Waters, Nick Manson e Richard Wright (outrora Barret) conseguiram fazer.
Não é apenas uma viagem que você faz deitado no cama. Não é apenas uma banda que soube aplicar as melhores técnicas de som para a época. Não é apenas uma banda que soube ir do experimentalismo ao progressivo tão bem. Não é apenas uma banda que conta com integrantes tão singulares e um egocêntrico chamado Roger Waters. Não é apenas uma banda que entrou para a história do rock. Não é apenas uma banda que entrou para a história do pop. Não é apenas uma banda que nunca vai deixar de ser esquecida ao lado de gigantes. Não é apenas uma banda cheia de qualidades e alguns defeitos. Não é uma banda qualquer. É por todos esses motivos que a banda é tão misteriosa e tão importante para mim.



Mas é uma banda que faz você ir além. É uma banda que faz você pensar. Você pensa? Você existe. Vive? Da crítica pura social ao vazio do cosmos passando pela loucura interna você certamente vai descobrir um imenso vazio nisso tudo que chamamos vida. Vazio se você não souber preencher. E se não souber, outros aplicarão em você fios de silício e aí sim, você pode diz ok para a expressão pós-humano. Mas enquanto, somos apenas humanos, isso basta.
A história continua.

4 comentários:

Guilherme Jardim disse...

Bah! eu preciso ler esse livro, esse é o melhor disco que eu já ouvi, eu tenho ele em vinil.
Muito louco é ouvir ele assistindo Mágico de Oz!

bruno disse...

Muito bom esse livro mesmo!

John Harris escrevendo sobre Floyd, não poderia ser ruim!

Anônimo disse...

O Pipers é um dos melhores discos que já fizeram pra mim.
Tirar ele da capinha, colocar a agulha do toca discos e viajar (literalmente) no disco inteiro, é inesplicavel.

Me empresta depois esse livro?
hehe

bruno disse...

Sim, Ricardo!
O Barret é o melhor de todos!
O gênio que a banda teve.